A Asfoc-SN continua hoje (01/04) em vigília pela reposição das perdas salariais dos servidores públicos federais, em Brasília. Com a pressão e cobrança da Movimento Unificado, a imprensa tem anunciado e especulado uma decisão do governo em conceder reajuste salarial linear de 5% para todo o funcionalismo federal a partir de julho.
Durante vigília ontem (31/03) em frente ao Ministério da Economia, o vice-presidente do Sindicato, Paulo Garrido, exigiu abertura das negociações com o governo, a fim de tratar sobre as perdas salariais e a pauta específica dos trabalhadores da Fiocruz.
“Exigimos uma resposta formal às reivindicações protocoladas ainda em janeiro. Não sabemos quais informações considerar. A categoria segue a luta para que o pleito apresentado seja atendido. Ampliar e intensificar a mobilização por uma negociação e resposta efetiva. A representação do Estado tem que ser republicana e receber os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Paulinho, ao lado da diretora de Administração e Finanças, Lúcia Helena da Silva.
Na terça-feira (29/03), a presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, exigiu uma negociação efetiva com o governo e resposta às reivindicações da categoria.
“Os servidores públicos de todo o Brasil estão ocupando Brasília e exigem respeito. Exigem uma resposta às pautas de reivindicação. Negocia já! Nos recebam e nos deem uma resposta para o nosso pleito”, disse.
CD Fiocruz – Paralelamente, Mychelle Alves participou ainda, na quinta, da reunião virtual do Conselho Deliberativo da Fiocruz. Na ocasião, a presidente pautou, na íntegra, os encaminhamentos aprovados pelas trabalhadoras e trabalhadores na última Assembleia Geral, no início da semana.
Mychelle ressaltou que é fundamental a Presidência e o CD Fiocruz realizarem gestões em apoio à pauta sindical, pela reposição das perdas salariais e ampliação das discussões sobre FioSaúde, Programa de Gestão Institucional e aposentadoria. A Presidência anunciou que convocará imediatamente uma Mesa de Negociação Interna, para aprofundar o debate sobre todos os pontos da pauta.
O Programa de Gestão Institucional não foi votado e, até o próximo CD, haverá uma oficina com os conselheiros para inserirem contribuições ao documento – e construir um documento das regras gerais. Mychelle afirmou que os trabalhadores demonstram preocupações e será essencial a Instituição capilarizar ainda mais o debate nas Unidades sobre o Programa de Gestão Institucional antes de qualquer deliberação do CD.
Sobre as questões envolvendo aposentadoria, abono de permanência e Certidão de Tempo de Contribuição (CTC), a presidente da Asfoc-SN criticou o informe da Cogepe sobre CTC, considerado insuficiente pelos trabalhadores. Reforçou ainda a necessidade de diálogo interinstitucional entre as presidências da Fiocruz e do INSS, para ter estratégia institucional que o trabalhador não precise buscar sua CTC individualmente, e a Fiocruz consiga de forma coletiva para todos os servidores.
“Além de mandado de segurança, iremos ingressar como Amicus Curi na ADI 6767. Foi importante o adiamento sobre a CTC, mas isso pode ser temporário, pois esse governo não é confiável. É preciso buscar diálogo com o INSS. A Asfoc está atualizando as ações e, em breve, será divulgado informativo sobre Gestão de Aposentadoria/CTC e Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin)”, acrescentou Mychelle.
17ª CNS – O vice-presidente do Sindicato, Paulo Garrido, também participou em Brasília, na quarta e quinta, da primeira reunião da comissão organizadora da 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). Paulinho, integrará também, como coordenador adjunto, a comissão de Articulação e Mobilização da 17ª CNS.
Ditadura Nunca Mais – No fim da tarde de ontem (31/03), representando a Asfoc e também a Associação Nacional Vida & Justiça, em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19, Paulinho participou da caminhada do silêncio – Ditadura nunca mais, na Praça dos Três Poderes.
“Lembrar para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça! Bolsonaro traz à tona um dos piores episódios que há em nossa história. Com sua postura antidemocrática e violenta, amarga nosso povo à miséria, violência e fome. Lutemos! Assim como lutamos para enterrar esse momento sombrio de nossa história”, disse Paulinho, em entrevista concedida durante o Ato.
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