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Tribuna Livre: Asfoc-SN reafirma defesa pela manutenção do estado democrático de direito

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) reafirmou, ontem (30/03), a defesa pela manutenção do estado democrático de direito durante o evento “Tribuna Livre: em defesa da democracia e dos direitos sociais”, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp). A reunião, que contou com a participação de moradores de Manguinhos, estudantes, trabalhadores da Fundação, parlamentares e representantes de movimentos sociais, sindicais, populares e da sociedade civil, debateu a atual conjuntura política do país.

Em sua fala, a presidente da Asfoc-SN, Justa Helena Franco, defendeu a democracia, a legalidade democrática, a isenção da mídia, as instituições democráticas, incluindo o Congresso Nacional, e se pronunciou contra as manobras do judiciário. O Sindicato também criticou o atual governo, que continua mostrando que está do lado do capital e não dos trabalhadores, após as últimas medidas anunciadas. “Mas continuaremos cobrando o cumprimento do acordo assinado em 2015 e que precisa ser votado pelo Congresso”.

            Leia abaixo o discurso na íntegra:

            “A luta por uma sociedade democrática durante o período militar foi extensa e a reconquista de nossa democracia tem agora pouco mais de 30 anos. Na Constituição brasileira, marco maior dessa conquista de todos os cidadãos, rezam os princípios legais que instituições e indivíduos devem seguir em nosso país. Por respeito ao nosso conjunto de leis e a essa carta magna tão duramente construída pela sociedade civil, a Asfoc-SN defende veementemente que crimes de corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e todos os que lesam a pátria devem ser investigados de forma séria, punindo os culpados, quem quer que sejam, independentemente de partido político”. 

            “Porém, para que esse processo represente uma reafirmação plena de nossa democracia, repudiamos que um processo de investigação sério e profundo possa conviver tão livremente com uma apuração seletiva dos fatos e com vazamento de informações para uma mídia centralizada e manipuladora, como vem ocorrendo no atual cenário político nacional. Neste caso, assim como em qualquer outro, não podemos lançar mão de “os fins justificam os meios”, se esses meios forem igualmente ilegais”. 

            “Do mesmo modo, também cobramos que o Congresso Nacional cumpra seu papel de votar medidas que ajudem o país e a população. Porém, isso não pode ser feito jogando nas costas dos trabalhadores a culpa pela crise. Não aceitaremos congelamento de salários, precarização dos serviços públicos, retirada de direitos sociais! A população brasileira não pode arcar com esse retrocesso”.

            “Em busca de alternativas, nesta semana, seguiremos em esforço concentrado para pressionar os deputados e senadores pela derrubada do veto à Auditoria Cidadã da Dívida Pública, que consome quase metade de tudo que o país arrecada e não cumpre a Constituição quando não é auditada”.

            “Reiteramos nosso entendimento de que o governo atual está longe de merecer apoio, pois continua mostrando que está do lado do capital e não dos trabalhadores, após as últimas medidas anunciadas. Mas continuaremos cobrando o cumprimento do acordo assinado em 2015 e que precisa ser votado pelo Congresso. E, acima de tudo, seguiremos nos pronunciando em defesa da democracia, da legalidade democrática, pela isenção da mídia, contra as manobras do judiciário e em defesa das instituições democráticas, incluindo o Congresso Nacional, onde tramitam os projetos de interesse dos trabalhadores e da sociedade, acompanhando sua tramitação com amplo debate da sociedade garantido”. 

É importante os trabalhadores participarem de todas as manifestações em defesa do estado democrático de direito!

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