Planejamento reabre negociação com Asfoc-SN
Nem o mau tempo que atingiu a cidade desde a madrugada de quarta-feira (26/03) esfriou o ânimo dos trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz, que realizaram ato público em frente ao Castelo da Fiocruz. Cerca de 200 pessoas, com faixas e cartazes de protesto, ocuparam as escadas do símbolo maior da Fundação – clique aqui para ver as imagens.
A manifestação aconteceu em defesa da correção imediata da tabela salarial e pelo Dia Nacional de Luta do Funcionalismo Federal, que teve em Brasília um grande ato unificado na Esplanada dos Ministérios (servidores da Fiocruz também estiveram presentes).
Depois da aprovação do Orçamento de 2008 no mês de março, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN) e o Ministério do Planejamento voltam à Mesa de Negociação em 4 de abril – outras duas reuniões estão agendadas para os dias 17 e 29 do mesmo mês. Novo ato poderá ser convocado para o dia 7 de abril e Assembléia, para o dia 8.
Os servidores da Fundação reclamam que as reivindicações por melhores salários já repousam sobre a mesa do Ministério do Planejamento há um ano, quando em Assembléia Geral decidiram reivindicar a equivalência imediata da tabela a entidades que desempenham um papel tão importante quanto o da Fiocruz, como Inmetro e Inpi.
Vale lembrar que o próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em visita à Fiocruz em outubro do ano passado, declarou publicamente que os salários dos trabalhadores estavam defasados e que “qualquer empresa privada pagaria o dobro do que nós pagamos”.
Os trabalhadores cobram maior empenho do presidente da Fiocruz, Paulo Buss, e do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na negociação salarial. “A Presidência da Fiocruz assegurou, por conta da implantação do Plano Próprio, que teríamos melhores condições nas negociações. E não é isso que estamos vendo. É insuficiente o que estão fazendo pessoalmente Paulo Buss e Temporão para acelerar esse processo e nos colocar no patamar que merecemos”, frisou o presidente da Asfoc-SN, Rogério Lannes.
O dirigente do Sindicato fez também impactante discurso contra o corte de R$ 70 milhões no Orçamento de 2008 da Fiocruz e em defesa das outras bandeiras do nosso movimento: Fio-Saúde, adicional de insalubridade, GDACSP integral para aposentados e novos servidores e convocação de aprovados excedentes do concurso público de 2006.