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Trabalhadores param na semana que vem caso se confirme redução salarial

Os servidores da Fiocruz decidiram em Assembléia Geral ontem (18/03) parar suas atividades por 24 horas na próxima terça-feira (24/03) caso a folha de pagamentos que fecha nesta sexta-feira (20/03) confirme redução salarial de até 10% no contracheque dos servidores de nível intermediário. Uma nova Assembléia já está convocada para segunda-feira (23/03), quando os trabalhadores irão definir os rumos do movimento. O local e horário serão divulgados posteriormente.

A Assembléia deliberou também que a Asfoc-SN agende reuniões com os diretores de Unidades da Fiocruz. Acompanhados de comissões de trabalhadores destas unidades, os servidores buscarão apoio e comprometimento dos diretores com a pauta de reivindicações do Sindicato.

Ao longo dessa semana, os trabalhadores intensificaram o movimento contra o risco de redução salarial e pela garantia do pagamento dos 20% referentes à segunda parcela do aumento salarial (previsto para julho de 2009). De acordo com a Presidência da Fiocruz, o documento com a pauta de reivindicações dos servidores, que inclui também a recuperação da proporcionalidade dos níveis intermediários e superior e dos percentuais de titulação, além da garantia de continuidade do processo de revisão das normas para insalubridade e avaliação dos ambientes de trabalho (entregue pelo presidente da Asfoc, Paulo Cesar de Castro Ribeiro, no Ato Público realizado durante a abertura da primeira reunião do Conselho Deliberativo da Fiocruz do ano de 2009, na última segunda-feira), foi encaminhada ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Nesses últimos dias, conforme entendimentos anteriores com a direção da Asfoc-SN, os deputados Chico Alencar (PSOL/RJ) e Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), e o senador Paulo Duque (PMDB/RJ) fizeram pronunciamentos favoráveis em Plenário do Congresso Nacional às reivindicações dos trabalhadores da Fiocruz.

Na terça (17/03) e quarta-feira (18/03), respectivamente, os servidores da Fundação, que saíram de ônibus do Rio de Janeiro, participaram de Ato Público pela paridade entre ativos e aposentados e o lançamento nacional da Campanha Unificada dos servidores federais, em Brasília. Após as expressivas manifestações que reuniram cerca de 4 mil trabalhadores em cada dia, líderes sindicais, entre eles o vice-presidente da Asfoc, Paulo Garrido, foram recebidos pelo secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira no início da tarde de quarta-feira. Segundo o representante do governo, hoje não existe uma decisão que não seja a de cumprir os acordos, mas, dependendo da evolução da crise, essa decisão poderá ser revista. O secretário afirmou ainda que, caso seja necessário repactuar alguma coisa, os sindicatos serão chamados para conversar. “Não haverá uma decisão unilateral”, frisou Duvanier.

Em conversa com o dirigente da Asfoc, após o término da reunião com os demais líderes sindicais, o secretário garantiu que marcaria uma agenda para tratar dos outros pontos da pauta de reivindicações da Fiocruz, caso houvesse solicitação de agenda. Paulo Garrido informou a ele que já tinha sido protocolado pedido de audiência na Secretaria de Recursos Humanos no dia 5 de março. A Asfoc cobrará do secretário a marcação do encontro.

No Rio, os trabalhadores da Fiocruz também se fizeram presentes no Ato Público para o lançamento da Campanha Unificada dos servidores federais no Centro do Rio. Sob o mote de que o “trabalhador não pode pagar pela crise”, e cobrando o cumprimento dos acordos por parte do governo e a paridade entre ativos e aposentados, dentre outros pontos, cerca de 200 pessoas protestaram nas escadarias do Ministério da Fazenda. Veja aqui as fotos da manifestação!

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