A greve de advertência contra a possibilidade de corte do adicional de insalubridade para grande número de servidores da Fiocruz teve excelente adesão dos trabalhadores e boa cobertura da imprensa. O movimento também atingiu as regionais de Belo Horizonte, no Centro de Pesquisas René Rachou, Salvador (Gonçalo Moniz) e Manaus (Leônidas & Maria Deane). As fotos do piquete podem ser vistas no site www.asfoc.fiocruz.br.
Os servidores não aceitam qualquer tipo de redução salarial e vão continuar pressionando para que a Presidência da Fundação não implante o corte e abra imediata negociação junto ao Ministério do Planejamento para rever a situação.
Em comunicado oficial, no dia 28 de agosto, a Fiocruz admite que os laudos acarretarão “perdas remuneratórias a um significativo conjunto de servidores” e que os percentuais serão implementados já na folha de pagamento do mês de outubro. Contraditoriamente, na mesma nota, o coordenador-geral de Seguridade Social e Benefícios do Servidor da Secretaria de Recursos Humanos do MPOG, Luiz Roberto Domingues, reconhece a “necessidade de revisão dos critérios vigentes”, tendo neste sentido constituído grupo de trabalho que deverá produzir um projeto de lei até o final deste ano.
A paralisação foi noticiada em rádio, televisão e internet. Durante a manhã, as rádios Globo, CBN, Tupi e Tropical fizeram várias inserções sobre nosso movimento. O mesmo aconteceu nos sites Globo.com, JB Online, O Dia Online e Extra Online. A rede Record filmou o movimento na porta da Avenida Brasil e gravou entrevista com o vice-presidente do Sindicato, Paulo César Ribeiro.
A crítica fica por conta de alguns companheiros que parecem não ter consciência da importância de nossa mobilização neste momento. Apesar do indicativo de greve ter sido aprovado com cerca de 15 dias de antecedência, as equipes profissionais de Biomanguinhos, Ipec e Farmanguinhos não se organizaram para reduzir ao máximo o efetivo presente no dia da paralisação. Temos de nos manter unidos e continuar pressionando. Só assim conseguiremos reverter tal injustiça que afeta diretamente nossos contracheques!