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Trabalhadores demonstram boa-vontade e suspendem greve

Em Assembléia Geral na terça-feira (15/04), os trabalhadores da Fiocruz decidiram suspender o indicativo de greve marcado para quarta-feira (16/04) e aguardar nova proposta de reajuste que o Ministério do Planejamento apresentará à Asfoc-SN, em reunião marcada para o próximo sábado (19/04), na própria Fiocruz. A epidemia de dengue no Rio e o comprometimento do governo em aperfeiçoar a tabela salarial foram levados em consideração pelo movimento, que optou substituir a paralisação por um grande Ato a ser realizado na próxima sexta-feira (18/04), em frente ao Castelo, ao meio-dia.

A avaliação dos servidores sobre a última reunião com a Secretaria de Recursos Humanos do Planejamento (SRH/MPOG), segunda-feira (14/04), é de que houve sinalizações positivas, mas a insistência em desfigurar o Plano Próprio de Carreiras e as datas para a vigência do reajuste, em duas parcelas (julho de 2008 e julho de 2009), tornam o acordo ainda inaceitável.

Um dos maiores problemas agora é que o Planejamento também recuou em relação à GDACTSP dos aposentados. Ao contrário do que já foi anunciado pela direção da Fiocruz, o governo se recusa a pagar a integralidade da gratificação. “Caso essa posição seja mantida, será uma vergonha, tanto para o Planejamento, quanto para a Fiocruz, e um desrespeito aos nossos aposentados”, afirmou o vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Cesar de Castro Ribeiro.

Em função dos argumentos apresentados pelo Sindicato, o Planejamento se dispôs a refletir, melhorar e apresentar nova proposta, quando os negociadores virão ao Rio de Janeiro para uma reunião com representantes da Asfoc e a direção da Fiocruz.

A Assembléia deliberou também pelo envio de novo e-mail ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e ao presidente da Fundação, Paulo Buss (veja verso). Os trabalhadores consideram que é urgente a intervenção de ambos, diante do impasse sobre a descaracterização do Plano, vigência do reajuste e GDACTSP dos aposentados. Uma nova Assembléia Geral já está convocada para a semana que vem, quinta-feira (24/04).

Semana intensa de negociações


Desde a última Assembléia Geral (08/04), o movimento intensificou ainda mais a pressão pela campanha salarial da Fiocruz. Os servidores enviaram e-mails ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pedindo maior empenho na luta para garantir as reivindicações da categoria e celeridade nas negociações. Um manifesto, criticando a forma de condução das negociações, também aprovado na assembléia, foi divulgado e distribuído para deputados e senadores no Congresso Nacional. O diretor da Asfoc-SN Paulo Garrido conversou pessoalmente com o ministro da Saúde, que também respondeu e-mail ao presidente do Sindicato, Rogério Lannes – lido na Assembléia. Tudo isso resultou numa proposta que se aproxima mais do que a Asfoc vem reivindicando, porém ainda aquém das nossas expectativas.

Abaixo, e-mail enviado para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão:

Prezados ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e presidente da Fiocruz, Paulo Buss, voltamos a solicitar a Vossas Excelências empenho pessoal junto ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, antes que se cristalize a proposta do Planejamento ser apresentada à Asfoc neste sábado, dia 19.
Mesmo que tenha havido contatos na semana anterior, o resultado da mesa de negociação de segunda-feira (14/04) demonstrou que o Planejamento continua com a tese de descaracterizar o Plano Fiocruz (mudando de percentuais para pontos e valores absolutos a GDACTSP e os adicionais de titulação).
Acena também com vigência de tabela somente para julho de 2008 e só chega próximo ao pagamento de remuneração proposto para março de 2007 em julho de 2009. Além disso, a Secretaria e Recursos Humanos do Planejamento (SRH/MPOG) nos surpreendeu reduzindo a GDACSP dos aposentados para a metade dos ativos, contrariando posição recente da própria SRH, favorável à gratificação integral, com aplicação já neste mês e pagamento de retroatividade anunciado pela presidência da Fiocruz, o que já foi comemorado pelos nossos aposentados.
Por tanto, aproveitando a disposição da SRH/MPOG em refletir sobre os argumentos da Asfoc, nos próximos dias, volta a ser imperativa e crucial a intervenção dos senhores para assegurar respeito ao Plano Fiocruz, antecipação da vigência do índice do aumento proposto e proteção aos aposentados.

Atenciosamente,
Rogério Lannes Rocha – presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN)

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