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Planejamento: não há contradição entre pautas geral e específica

O secretário de Relações do Trabalho, Duvanier Paiva Ferreira, admitiu que não há contradição entre as pautas específicas das diversas categorias em negociação com o governo e a pauta geral do movimento unificado, mas enfatizou a necessidade de se “harmonizar” as duas. Em reunião nesta quarta-feira (06/07), com mais de 30 representantes das entidades, ele afirmou que ainda fará um balanço sobre todos os reajustes concedidos entre 2008 e 2010 antes de apresentar uma proposta concreta de política salarial para o serviço público federal. Diante da cobrança dos sindicalistas sobre uma definição, o Planejamento marcou uma nova reunião para o dia 15 de julho.

De acordo com cálculos do governo, para atender as pautas específicas seriam necessários cerca de R$ 25 bilhões. Somando-se à pauta geral, o orçamento ultrapassaria o gasto total de reajustes do funcionalismo durante três anos do governo Lula (R$ 38 bilhões). Duvanier disse que hoje não há qualquer condição de se chegar a esse montante. Os representantes das entidades rebateram os argumentos e demonstraram que há verba suficiente para atender as demandas dos trabalhadores (superávit, excesso de arrecadação, capitalização do BNDES, realização de grandes eventos esportivos etc).

Entre os participantes do encontro com Duvanier, o vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, fez questão de dizer que os servidores da Fiocruz anseiam por uma definição sobre a política salarial e cobram uma contraproposta do Planejamento com base no Grupo de Trabalho, no Memorial assinado com o Sindicato no fim do ano passado e no pedido de reajuste apresentado em setembro de 2009.

Paulinho enfatizou ainda que a Asfoc reapresentaria ao governo e à Presidência da Fiocruz a proposta protocolada naquele ano, que reivindicava uma correção de 30,35%. A entrega imediata é importante para reafirmar nossa posição nos estudos que o governo vem realizando. Duvanier disse que tudo seria objeto de análise, mas que os trabalhadores deveriam refletir sobre a dimensão das propostas. Na visão do secretário, a Fiocruz está entre as carreiras que tem uma boa estrutura remuneratória e sem grandes distorções, o que evidentemente o Sindicato não concorda.

A reapresentação da proposta foi efetivada nesta sexta-feira (08/07), quando a direção do Sindicato se reuniu com o vice-presidente da Fiocruz, Pedro Barbosa, e encaminhou e-mail à Secretaria de Recursos Humanos do Planejamento, anexando o documento novamente. Na segunda-feira (13/07), a proposta será protocolada na SRH e no Ministério da Saúde.

O Fórum marcou nova reunião de avaliação e encaminhamento para o dia 13, enquanto a Coordenação Nacional de Entidades dos Servidores Federais (Cnesf) fará seu encontro no dia 14. Como a reunião com o movimento unificado foi marcada para o dia 15 de julho e a próxima rodada para tratar de nossa pauta específica está agendada para o dia 19, a Assembleia Geral será no dia 21, às 13 horas, no auditório do Politécnico.  

Paralisação – Conforme decisão da última Assembleia, a Fiocruz paralisou suas atividades por 24 horas na terça-feira (05/07). A greve, que teve grande adesão dos trabalhadores da Fundação e de outras instituições do serviço público federal, ganhou boa repercussão na mídia – foi divulgada pela rádio BandNews, JBOnline e Jornal O Dia, além de outros sites e blogs de notícias. No mesmo dia, a Asfoc entregou uma carta, durante a saída para o Coletivo de Gestores, e no Conselho Deliberativo da Instituição, historiando as negociações com o governo e buscando apoio dos participantes às reivindicações.

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