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Pesquisa realizada pela ISP revela que maioria dos trabalhadores da Saúde sofre com insuficiência de equipamento de proteção individual na pandemia

O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) divulgou em sua fanpage do Facebook uma pesquisa recente da Internacional do Serviço Público (ISP) para avaliar as condições de trabalho dos profissionais que exercem serviços essenciais durante a epidemia do novo coronavírus. E o resultado foi alarmante! Segundo o questionário online feito com os profissionais de Saúde e em serviços essenciais de enfrentamento ao Covid-19, 77% alegam não ter passado por capacitação adequada para o trabalho junto à população. Além disso, 67% denunciaram insuficiência de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) nos locais de trabalho, sendo que 11% disseram não ter nenhum EPI.

O presidente do Sindicato, Paulo Garrido, afirmou a importância de ter acesso a esses dados e conhecer ainda mais a realidade dos trabalhadores da Saúde neste momento da pandemia. Ele ressaltou a necessidade de imediata convocação dos aprovados no concurso de 2016 da Fundação Oswaldo Cruz (excedentes).

“A Fiocruz está em plena atividade. No entanto, para proteger nosso pessoal e colaborar na estratégia de isolamento voluntário para achatar a famosa curva, parte dos nossos servidores e terceirizados está trabalhando em regime domiciliar, sendo todos linha de frente no combate à pandemia.  Por isso, enviamos ao presidente da República um ofício solicitando a incorporação imediata dos aprovados no concurso de 2016. São pessoas avaliadas e com o conhecimento necessário para entrar em campo. Precisamos cuidar e cuidar de quem cuida”, reforçou Paulinho.

A pesquisa foi lançada no dia 31 de março e integra a campanha “Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas”, realizada mundialmente pela ISP, com apoio da Asfoc-SN. No Brasil, a iniciativa conta também com a ajuda de organizações parceiras, como a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam). Foram 1.025 questionários respondidos de forma voluntária, abrangendo diversos estados brasileiros. São Paulo foi a unidade federativa de maior participação até o momento, seguido dos estados do Ceará e do Rio de Janeiro.

Dos profissionais que prestaram informações sobre suas condições de trabalho, 58% são servidores públicos; 84%, trabalhadores da Saúde, sendo 34% enfermeiros e 12% técnicos de enfermagem, grupos de maior participação na iniciativa até o momento. Cinquenta e cinco por cento dos participantes afirmam passar por sofrimento psicológico neste momento, inclusive 10% têm tido mais de 12 horas diárias de jornada de trabalho.

A Secretária Sub-regional para Brasil da ISP, Denise Motta Dau, reforçou que a aplicação da enquete deve ser ampliada, mas considerou preocupantes os resultados obtidos com a pesquisa: mostra profissionais correndo severos riscos de saúde diariamente no enfrentamento à pandemia no novo coronavírus.

Acesse a pesquisa no link a seguir: http://trabalhadoresprotegidos.com.br/.

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