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Parabéns ENSP! Uma escola em defesa da vida

Semana comemorativa aos 66 anos da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) apresenta uma série de debates sobre a pandemia do Covid-19 e seus desafios. Todas as palestras serão transmitidas pelo canal da Escola no YouTube. Veja a programação e participe.

Convidado a participar da abertura do evento, na manhã desta terça-feira (01/09), o presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, parabenizou os trabalhadores da Ensp e ressaltou o serviço de qualidade prestado à sociedade. Ele também enfatizou a importância da coesão Institucional neste momento. “Nesses tempos difíceis, precisamos reforçar nossos laços! Com alegria, desprendimento e cuidado com o outro. Precisamos cultivar a delicadeza nas relações pessoais e a firmeza na defesa dos nossos ideais. Parabéns à ENSP! Parabéns à Fiocruz! Parabéns a todos nós que lutamos cotidianamente ao lado da civilização e contra a barbárie”.

Falaram ainda na abertura a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Cristiani Vieira Machado, o diretor da ENSP/Fiocruz, Hermano Castro, e a representante do Fórum dos Estudantes da ENSP, Amanda Amorim Tomaz.

À tarde, o presidente da Asfoc retorna às atividades para participar do painel “As Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde em Tempos de Pandemia”, coordenado pela pesquisadora Márcia Teixeira, Chefe do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps/ENSP/Fiocruz).

Íntegra da fala do presidente da Asfoc:

”Ao saudar a todas e todos nesse evento que comemora os 66 anos da nossa querida Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), venho aqui trazer os parabéns da Executiva Nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) e também de nossas representações sindicais nas unidades regionais.
Quero também manifestar o contentamento da Asfoc. Contentamento em participar desse momento de congraçamento. Momento em que nossa Instituição se reúne.

Para parabenizar nossos colegas de hoje e de sempre. Gente que lutou, luta e sempre lutará por um país melhor. Por condições dignas para todos. Dignidade sem a qual não há alegria, saúde, paz ou desenvolvimento.

Nos acostumamos a ver a economia, a política e a cultura como chaves de interpretação das formas de organização das sociedades. Deixamos de fora a Ciência e as questões relacionadas à saúde e ao meio ambiente.

Apenas muito recentemente incorporamos essas dimensões no conjunto de chaves de intepretação da sociedade.

Quero ressaltar aqui a centralidade da saúde. Tanto como instrumento de questionamento da forma como o mundo se organiza. Como objetivo prioritário de qualquer projeto de país.

Centralidade revelada pela pandemia. Uma centralidade, muitas vezes, relegada para segundo plano. Uma centralidade esquecida nos projetos econômicos.

Projetos que têm por finalidade atender somente a uma parcela muito restrita da população e dos segmentos do mercado.

Projetos que deixam de fora de suas preocupações o interesse da população.

Projetos dirigidos a segmentos econômicos muitas vezes predatórios e contrários aos interesses do país como um todo.

Assim como toda a Fiocruz, a nossa querida Escola adota um conceito de saúde que não se refere somente a ausência de doenças.

Um conceito incorporado na declaração Universal dos Direitos Humanos e também pela Organização Mundial de Saúde. Conceito tão bem definido por Sergio Arouca em seu discurso na VIII Conferência Nacional de Saúde.

Um discurso por todos nós conhecido e que sintetiza a ligação entre saúde e democracia.
Um conceito que fala de um estado de bem-estar físico, mental e social.

Que se refere a ausência do medo.
Do medo do futuro e de um presente opressor.
Conferir centralidade a saúde é conferir centralidade à vida.

É subordinar a economia ao bem-estar de todos.
Falar de centralidade em saúde, é falar de uma concepção de desenvolvimento em tudo diferente de crescimento econômico excludente e predatório.

Um crecimento concentrador de renda e gerador de miséria e violência.
Falar da centralidade da saúde é falar de um projeto de país.
De um país inclusivo, democrático, sustentável e soberano.

Falar da centralidade da saúde é também falar de saídas estruturantes para a crise que vivemos.
Assim como as demais políticas sociais, as políticas de saúde podem e devem participar do processo econômico como força motriz.
Saneamento, urbanização de comunidades e investimentos em atenção primária são bons exemplos.

Exemplos de como unir a resolução de antigos problemas à geração de empregos.
O mesmo podemos dizer dos investimentos no chamado Complexo Econômico e Social da Saúde.
Uma economia a serviço da vida.

Nesses tempos difíceis, precisamos reforçar nossos laços! Com alegria, desprendimento e cuidado com o outro. Precisamos cultivar a delicadeza nas relações pessoais e a firmeza na defesa dos nossos ideais.

Parabéns à ENSP! Parabéns à Fiocruz! Parabéns a todos nós que lutamos cotidianamente ao lado da civilização e contra a barbárie.

Somos ENSP! Somos Asfoc! Somos Fiocruz! Somos SUS!”

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