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Painel Asfoc-SN, conjuntura e mobilizações: fortalecer a unidade de ação para enfrentar e derrubar a Reforma Administrativa e o governo Bolsonaro

A Asfoc-SN debateu terça-feira (06/07) em sua live semanal as estratégias de mobilização do movimento unificado para derrubar a Reforma Administrativa e o governo Bolsonaro. Durante o evento virtual (“Asfoc em ação. Relatos e agendas”), foi discutida a atual conjuntura política e sanitária no País e as agendas de luta para fortalecer a unidade de ação.  

Para a presidente do Sindicato, Mychelle Alves, a derrubada da Proposta de Emenda Constitucional vai além da pauta corporativista. Ela afirmou que a PEC 32 é a destruição do serviço público e o Sistema de Saúde Pública (SUS) salva vidas, citando como exemplos a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan – duas instituições de pesquisa públicas de Estado. “Por isso a importância de conversar com a população para defender o serviço e os servidores públicos, e dizer não à Reforma Administrativa”.

O vice-presidente da Asfoc, Paulo Garrido, reforçou a importância da mobilização nestas pautas, mas lembrou que a luta é ampla e aborda outras questões: vacinação, saúde, educação, orçamento (conforme anunciado na live, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) foi designado relator da Lei Orçamentária Anual na Comissão Mista de Orçamento), ciência, tecnologia, privatizações, projetos sociais, direitos dos trabalhadores, entre outros – envolvendo as esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário, nos níveis municipal, estadual e federal. “Somos convidados para participar de debates, discutir no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas, nas instituições, e precisamos estar cada vez mais qualificados”, frisou.

Paulinho destacou ainda o papel da comunicação virtual (lives – como o Painel Asfoc – redes sociais, tuitaços etc) durante a pandemia. Essas ações, segundo ele, são experiências exitosas porque dão resultado. “A comunicação é fundamental neste momento para colocar nossas pautas prioritárias na agenda central”.

Mychelle Alves lembrou sobre outras pautas prioritárias dos trabalhadores da Fiocruz. Na próxima reunião da Mesa Permanente de Negociação Interna, ainda neste mês, estão contemplados o Fiosaúde, teletrabalho/trabalho presencial, entre outros pontos.

A presidente do Sindicato também chamou a atenção para a importância da estabilidade no serviço público. Como exemplo, falou sobre a denúncia de indício de corrupção no Ministério da Saúde na compra de doses da vacina Covaxin, feita pelo servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda – irmão do deputado federal Luís Miranda (DEM/DF). “Esse fato (estabilidade) foi discutido pela grande mídia e pelo próprio parlamentar, que ia votar a favor da Reforma Administrativa, e agora vai votar contra. Essa é a importância da estabilidade no serviço público, que está para servir ao Estado, e não ao governo”.

Paulinho complementou dizendo que essa situação mostrou para a sociedade como é fundamental a estabilidade. “É causa pétrea. Não abrimos mão disso como conceito, princípio e direito do servidor”.

O vice da Asfoc reafirmou que as propostas de projeto de nação do atual governo vão na contramão do programa defendido pelo Sindicato, seja na estabilidade do serviço público, na questão econômica, na privatização dos Correios. Para ele, a unidade tem um sentido mais amplo. “Derrotar esse governo. E não é só com concepção ideológica, direita ou esquerda. É um projeto genocida, não tem diálogo, é impermeável, autoritário e as consequências são danosas para a população e os trabalhadores”.

Na concepção sindical, Mychelle disse estar sempre na defesa da democracia, dos direitos humanos, da saúde e da educação. “Por isso, tivemos que ocupar as ruas, pois o governo é mais letal que o vírus. Estamos em todos os movimentos em defesa da vida. A população está indo para as ruas porque não aguenta mais. Disse basta! E só o povo nas ruas pode derrubar esse governo”.

Na fala final, Paulinho disse que sua esperança está vinculada a retomada da mobilização. “Avançar nas manifestações ainda caracterizadas por uma vanguarda ampliada, e alcançar milhões nos atos. É importante combinar luta, diálogo com a base e ações de solidariedade. Pressão popular traz conquistas e efeitos”.

Confira a live na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=TJ_wBveUh-Y

Confira a agenda de mobilização:

Sábado (10/07) – Grito pela Vida, às 17 horas (evento virtual).

Terça-feira (13/07) – Dia de Luta contra as Privatizações.

16 de julho – Dia de Mobilização pela Moradia e pelo Fora Bolsonaro (Articulação de Movimentos Populares Urbanos).

24 de julho – Ato Nacional contra a Reforma Administrativa (PEC 32), em defesa da vacina para todos, do auxílio emergencial de R$ 600, por empregos e pelo Fora Bolsonaro.

25 de julho – Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

27 de julho – Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.

29 e 30 de julho – Seminário em Defesa do Serviço Público (esferas municipal, estadual, federal). 

1ª semana de agosto – Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos, contra a fome, a carestia e o desemprego (Fórum das Centrais Sindicais).

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