Na audiência desta terça-feira, o Ministro Humberto Costa pediu que os servidores da Fiocruz tenham “paciência e compreensão” até que se encontre uma solução para o pagamento dos precatórios e a extensão do Bressinho para todos na Fiocruz. O Ministro disse que a questão não está só no âmbito do MS e a decisão está com a AGU e o Ministério do Planejamento, comprometendo-se a consultar as dois órgãos para posicionar-se oficialmente a respeito. Ora, desde que entregamos pessoalmente ao Ministro o ofício com nossas reivindicações, no dia 07 de fevereiro do ano passado, até a assembléia de segunda-feira (08/03), o MS terá contado com mais de 365 dias; ou seja, mais de 21.900 horas; ou ainda, mais de 525.600 minutos de nossa espera paciente e compreensiva. Portanto, mesmo mais um minuto de espera é pedir demais. Agora, é solução ou greve.
Na reunião, além da diretora geral da ASFOC, Rita Mattos, também representaram nossos interesses o presidente Paulo Buss, a vice-presidente Tânia Celeste e a diretora de RH, Márcia Teixeira. Humberto Costa estava acompanhado do secretário executivo, Gastão Wagner, da secretária de Gestão do Trabalho em Saúde, Maria Luiza Jaeger, de Sábado Girardi, coordenador-geral de recursos humanos, além do consultor jurídico do MS, Adilson Bezerra, que defendeu ostensivamente as teses da AGU.
Procurando inviabilizar qualquer negociação, Bezerra foi além disso. Em relação aos 26,06%, disse que trazia, a pedido do Procurador-Geral da União, Moacir Antonio Machado da Silva, um “recado” que pode se transformar numa verdadeira bomba neste momento em que não só nós da Fiocruz, mas o conjunto dos servidores públicos federais procura negociar com o governo federal. O consultor do MS informou que a AGU, em breve, vai agir para retirar dos contracheques todas as rubricas relativas a ganhos judiciais, como é o caso do Bressinho.
Ou seja, além de nada conclusivo, o encontro com o Ministro foi preocupante. Assim, só nos resta reafirmar: até o momento em que a assembléia estiver sendo realizada, o Ministro pode contar com a mesma paciência e compreensão que demostramos ao longo de um ano.
Se, até lá, não nos for apresentado um compromisso formal, ao menos, com o pagamento da parte considerada incontroversa pela AGU e a extensão do Bressinho, todos – governantes, dirigentes, servidores e, infelizmente, a população – devem estar preparados para uma greve de portões fechados, com tudo parado na Fiocruz.
A conquista de nossos direitos está em nossas mãos, mas depende de um grande esforço de organização e mobilização. Por isso, é necessária a participação de todos nas atividades programadas.
Calendário de mobilização
05/03
13h – Grupão, no Auditório da ASFOC
08/03
11h – Assembléia no IFF
13h – Assembléia no Campus, Estação do Trenzinho
09/03
13h – Grupão, no Auditório da ASFOC
10/03
Primeiro dia de paralisação e ocupação do Castelo
12/03
13h – Grupão, no Auditório da ASFOC
