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Nova presidente da Comissão de Saúde se compromete com acordo dos servidores

        A nova presidente da Comissão de Saúde, Seguridade Social e Família, deputada federal Conceição Sampaio (PP-AM), assegurou a representantes dos servidores públicos federais que “o acordado anteriormente não deixa de valer”. Em reunião com o Fórum dos SPFs, na tarde de ontem (12/05), ela se comprometeu a defender o Projeto de Lei 4.252/2015, que prevê o reajuste dos servidores a partir de agosto deste ano. O vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, foi o interlocutor do movimento dos trabalhadores.

        “Como o Paulo, da Asfoc, falou em sua apresentação, o acordo não representa o que vocês merecem, mas foi o possível naquele momento, e não ficará engavetado agora. Podem contar conosco”, frisou a deputada.

        Especificamente sobre o acordo da Fiocruz foi articulada a construção de emenda ao PL 4.252, que proteja as cláusulas do acordo, servidores ativos e aposentados, e assegure também a implementação do Reconhecimento de Resultado de Aprendizagem (RRA).

        A agenda com a nova presidente da Comissão foi fruto de intensa mobilização realizada ao longo de toda a semana no Congresso Nacional. Uma força-tarefa do Fórum também agiu pela derrubada do PL 257/2016, que prevê uma série de medidas nocivas aos servidores e serviços públicos do País.

        Veja abaixo o manifesto do Fórum dos SPFs:

NÃO AO PLP 257/2016!

O PLP 257/2016 ataca os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras dos setores público e privado, tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados e deve ser votado ainda em maio. Este PLP foi apresentado pelo governo federal como um “Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal”. Este PLP acarretará mais perdas de direitos à classe trabalhadora que continuará a pagar o ônus da política de ajuste fiscal, com o consequente aprofundamento da precarização das condições de trabalho e da intensificação da exploração da classe trabalhadora e dos serviços públicos, acarretando enormes prejuízos para a maioria da sociedade com a redução do papel do Estado e estímulo à privatização, reduzindo o direito a serviços públicos de qualidade.

As medidas contidas no PLP 257/2016, impõe limite para o crescimento do gasto da União, dos Estados e municípios e terá impactos diretos para todos os trabalhadores. Pela proposta, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determinará um limite plurianual para as despesas primárias federais em percentual do Produto Interno Bruto (PIB) fixado no Plano Plurianual (PPA). A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fixará um valor nominal do limite de gasto para cada ano e se, na elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), houver previsão de que o limite pode ser descumprido, serão acionadas automaticamente medidas de redução das despesas. Entre elas, o governo poderá suspender o aumento real do salário mínimo das trabalhadoras e dos trabalhadores e reduzir o quadro de pessoal do serviço público por meio de programas de demissões voluntárias.

Principais riscos que o PLP 257/16 prevê:

 1) Reforma do regime jurídico de todos servidores públicos; ativos e inativos; 2) Suspensão dos concursos públicos; 3) Congelamento de salários dos servidores públicos; 4) Risco de não cumprimento da aplicação do reajuste percentual de 5% em 2016 e 2017; 5) Interrupção da política de valorização dos trabalhadores e trabalhadoras com congelamento do salário-mínimo; 6) Suspensão do pagamento de progressões e gratificações; 7) Vedação da criação de cargos, empregos e funções ou alteração da estrutura de carreiras; 8) Destruição da Previdência Social; 9) Aumento da contribuição previdenciária social para 14%; 10) Fim das licenças prêmio, sabática e os quinquênios; 11) Cortes no orçamento social; Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais 12) Suspensão de aumento real para as despesas de custeio e redução, em pelo menos 10% das despesas com cargos de livre provimento; 13) Implementação de programas de desligamento voluntário de servidores públicos; 14) Mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Além dos pontos elencados, caso o PLP seja aprovado, todos os acordos celebrados em 2015 entre governos e servidores públicos correm o risco de não serem cumpridos. O enfrentamento a mais um pacote de retirada de direitos exigirá uma ampla mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras das três esferas do serviço público e da iniciativa privada.

Nesse sentido, é fundamental rearticularmos e/ou instituirmos os fóruns da classe trabalhadora no âmbito dos Estados para construção de uma agenda de mobilização e lutas. É necessário fortalecer a mobilização na base e esclarecer a sociedade o desmonte dos serviços públicos fundamentais ao atendimento das necessidades da imensa maioria da população brasileira.

Por essas razões, conclamamos todas as entidades e pessoas a se somarem aos setores organizados da sociedade civil que se dispõe a lutar em defesa dos serviços públicos de qualidade para a população e dos direitos da classe trabalhadora.

AGENDA:

17 de maio – 9h- Reunião Ampliada com todas as Centrais Sindicais e Sindicatos das três esferas: municipal, estadual e federal sobre PLP 257/2016. Local: Sede dos Andes-SN- Brasília-DF.

16 e 17 de maio – Pressão sobre os parlamentares nos Estados, entregando documento “Carta aos parlamentares NÃO AO PLP 257/2016! ” e distribuindo o Manifesto a população NÃO AO PLP 257/2016!

Semana de 17 a 19 de maio: Reunião no Congresso Nacional com lideranças dos partidos e liderança do governo contra PLP 257/2016 e os PLs dos acordos e audiência com o relator do PLP 257/2016 – Local: Brasilia-DF.

Semana de 17 a 19 de maio: Solicitação de Audiência Pública na Câmara dos Deputados sobre o PLP 257/2016 e os PLs dos acordos- Brasilia-DF.

31 de maio – 9h– Lançamento da Frente Parlamentar mista em defesa da Previdência Social – Local: Senado Federal

Assinatura das entidades:

ANDES-SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. ASFOC-SN – Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública. ASSIBGE-SN – Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística. CONDSEF – Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal. FASUBRA – Federação de Sindicatos das Universidades Brasileiras. FENASPS – Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social. SINAIT – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho. SINAL – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central. SINASEFE – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional. SINDIRECEITA – Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil. SINTBACEN – Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central.

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