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Nota contra a violenta operação policial no Complexo da Maré

A Asfoc-SN repudia veementemente a violenta operação policial realizada ontem (26/09) no Complexo da Maré. Mais uma vez, moradores da comunidade, além de motoristas de uma das principais vias expressas da cidade (Linha Vermelha), viveram momentos de pânico em meio ao fogo cruzado na região, consequência da “política de segurança de Estado”, com uso indiscriminado da força – legitimado como projeto eleitoral pelo atual governador do Rio, Cláudio Castro, e cultuado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

A “política de segurança” é, além de ineficiente, covarde, cruel, preconceituosa. Comunidades são tratadas como terra de ninguém, habitada por cidadãos de segunda classe. Lugares onde moradores não são considerados cidadãos.

A operação alterou a rotina dos moradores e de pessoas que circulam pela região. Trinta e cinco escolas deixaram de atender os alunos da rede pública de ensino e quatro unidades deixaram de receber pacientes, enquanto o campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi fechado pela reitoria e as aulas suspensas. No campus Maré da Fiocruz (Expansão), a rotina dos trabalhadores foi duramente afetada, com momentos de tensão, insegurança e intranquilidade.  

Momentos de terror produziram cenas de guerra, com motoristas desorientados, pessoas rastejando pelo chão e muretas ao lado das faixas de trânsito transformadas em escudos para proteção do tiroteio – sete pessoas foram mortas e 26 presas.

Nas comunidades, adultos e crianças foram cerceadas no seu direito de ir e vir, com exposição ainda maior para os deficientes – cadeirantes, pessoas cegas, surdas, com transtorno do espectro autista (TEA), entre outros.

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