Desde a última rodada da Mesa de Negociação com o Ministério do Planejamento, terça-feira (06/05), em Brasília, o governo está dividido. Apesar dos trabalhadores da Fiocruz terem aceitado a tabela salarial oferecida (disponível no site www.asfoc.fiocruz.br), o MPOG ainda não respondeu sobre os dois adendos pretendidos pelos servidores: a antecipação da vigência dos aumentos previstos e a não inclusão neste acordo de alteração na estrutura do Plano de Carreiras.
No entendimento dos trabalhadores, não há qualquer dúvida em relação às reivindicações. Basta apenas colocar no papel o que é defendido pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão (em Aviso Ministerial), e pelo próprio presidente da Fiocruz, Paulo Buss. “O presidente Lula criou o Plano há menos de dois anos e não pode permitir que o Planejamento queira desfigurá-lo. A solução está dentro do próprio governo”, afirmou Rogério Lannes, presidente da Asfoc-SN.
Por esse motivo, a Assembléia Geral desta quinta-feira (08/05) deliberou aguardar mais uma semana por uma resposta que seja positiva. “Até lá, vamos continuar pressionando para que o presidente da Fiocruz e o ministro da Saúde demonstrem realmente que valorizam e têm competência para defender sua força de trabalho. A responsabilidade agora está nas mãos deles”, frisou o dirigente do Sindicato.
Na Assembléia, os servidores cobraram ainda um compromisso de transparência diária por parte da Presidência da Fiocruz durante esta semana. Querem informações, via lista Fiocruz L, sobre as ações do presidente da Fundação e do ministro em defesa dos pontos que estão no Aviso Ministerial.
Paulo Buss confirmou, para esta sexta-feira (09/05), reunião com o secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira. Do encontro, que acontecerá no Rio de Janeiro, participará também o presidente da Asfoc. “Esperamos que o Planejamento tenha uma postura mais flexível. Numa negociação, ninguém precisa derrotar ninguém. Nossos argumentos são perfeitamente razoáveis. Só depende deles colocar um ponto final honroso para ambas as partes neste acordo”, enfatizou Rogério Lannes.
ASSEMBLÉIA GERAL – QUINTA-FEIRA (15/05)