Em cerimônia de posse do CD Fiocruz hoje (29/05), na Tenda da Ciência, a Asfoc-SN cobrou dos conselheiros como primeiro ponto de pauta a deliberação de um manifesto contra as reformas e os retrocessos em curso. Em carta distribuída durante o evento, o Sindicato conclamou ainda a se posicionarem publicamente e a se juntarem às mobilizações. Além disso, defendeu que os conselheiros se coloquem em defesa da Fiocruz e do SUS público e de qualidade.
A Asfoc também panfletou um manifesto cobrando de representantes do Poder Legislativo a defesa da Instituição, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o arquivamento/veto das reformas da Previdência e Trabalhista que retiram direitos dos trabalhadores e o afastamento do presidente ilegítimo Michel Temer.
Pouco antes, os documentos também foram distribuídos na reunião da Presidência e Conselho Deliberativo da Fundação com representantes do Poder Legislativo, na Casa de Chá. No discurso da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima citou a participação do Sindicato na programação inicial da Semana de Comemorações pelos 117 anos da Fundação.
A presidente Justa Helena Franco, presente à reunião e na posse, leu carta que também cobra dos gestores empossados firmeza no combate a toda e qualquer forma de violência e assédio no trabalho – leia os documentos abaixo.
“Dessa forma, acreditamos que o papel do CD será cumprido para fazer ainda mais pela Fiocruz, pela saúde e pela sociedade brasileira. Contamos com os companheiros do Conselho Deliberativo, além dos parlamentares e da Presidência da Fiocruz, para que nosso país cresça, mas com igualdade e justiça social. Queremos uma Fiocruz forte para dar respostas à sociedade, que precisa e espera de nós o melhor trabalho”, afirmou Justa.
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Carta ao Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz
Em nome dos trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz, damos as boas-vindas ao Conselho Deliberativo, que toma posse nesta semana e vai conduzir a gestão da Fiocruz nos próximos anos. Propomos também como primeiro ponto de pauta a deliberação de um manifesto contra as reformas e os retrocessos em curso.
A Asfoc-SN conclama aos colegas de Conselho Deliberativo para se posicionarem publicamente e se juntarem às mobilizações. Defender a Fiocruz, seus trabalhadores e a população brasileira deve ser um dos motes de nossa atuação no próximo período.
Num momento crucial de nosso país, com uma profunda crise política, econômica e de compromisso dos representantes com o povo, defendemos que os conselheiros eleitos ou reeleitos se coloquem acima de tudo em defesa da Fiocruz e do SUS público e de qualidade.
Para isso, se faz necessário uma postura crítica em relação às ameaças ora colocadas. Só para citar como exemplos, o encerramento do programa da Farmácia Popular do Brasil, o investimento em planos privados de saúde e a manutenção de Organizações Sociais na Atenção Básica são grandes ameaças ao SUS, já subfinanciado e com necessidades constantes de consolidação e aprimoramento.
Para além das ameaças específicas na área da saúde, vemos ainda ameaças à população e aos servidores públicos como as reformas da Previdência e Trabalhista, que visam retirar direitos conquistados duramente pelos movimentos organizados.
Reforçamos ainda a necessidade de que todos vocês, gestores máximos das Unidades, se coloquem de forma assertiva e firme pelo respeito nas relações de trabalho, combatendo toda e qualquer forma de violência e assédio no trabalho.
Dessa forma, acreditamos que o papel do CD estará sendo cumprido para fazer ainda mais pela Fiocruz, pela saúde e pela sociedade brasileira.
Manifesto: Asfoc brada em defesa do SUS, dos trabalhadores, contra as Reformas e Fora Temer!
Na semana em que a Fiocruz celebra os seus 117 anos de existência em prol da Ciência e da Saúde do país, numa grave crise política institucional, com retrocessos e ameaças em curso, a Asfoc-SN cobra dos representantes do Poder Legislativo a defesa da nossa Instituição, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o arquivamento/veto das reformas da Previdência e Trabalhista que retiram direitos dos trabalhadores.
O Sindicato também defende o afastamento do presidente Michel Temer, bandeira levantada pelos trabalhadores da Fiocruz em Assembleia Geral no dia 2 de junho do ano passado.
Naquela ocasião, o governo ilegítimo que assumia a gestão do país já dava sinais do total descompromisso com a população e a sociedade como um todo. De lá pra cá, tentou implantar reformas que visam apenas atender os interesses do capital. Em 28 de abril passado, numa Greve Geral histórica, o movimento unificado dos trabalhadores sinalizou que não arrefeceria de maneira alguma. Enfrentamos a violência desproporcional das forças de segurança e mostramos que as bombas e gases lançados não seriam suficientes para nos calar.
No dia 24 de maio, demonstrando o crescente da mobilização e indignação contra o governo impopular de Michel Temer, ocupamos Brasília com cerca de 200 mil pessoas. Exigimos o afastamento do presidente ilegítimo e a derrubada das reformas!