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Movimento sai fortalecido da greve

A Assembléia desta terça-feira (02/08) decidiu suspender a paralisação das unidades administrativas (Dirad, Direh, Diplan e Presidência), prevista para a próxima quinta-feira (04/08). Numa posição de equilíbrio, os servidores resolveram dar uma trégua para concentrar os esforços, neste momento, na construção de um Plano de Carreira que contemple princípios e parâmetros minimamente aceitáveis (veja quadro abaixo). Deliberaram ainda não abandonar o conjunto de pautas que motivaram as paralisações.

Vale ressaltar que foi o movimento dos trabalhadores que motivou o compromisso pelo governo de resolver as históricas e prioritárias reivindicações de equalização salarial (Bressinho) e desterceirização, através de plano próprio e concurso para as primeiras 1 mil vagas dos 3 mil cargos a serem criados.

Logo após o anúncio do Presidente Lula, porém, dois sentimentos opostos tomaram conta da Fiocruz: euforia, por parte de alguns, como se tudo estivesse encaminhado ou resolvido, e, em contrapartida, desconfiança, por parte de outros, em relação às condições e à possibilidade do cumprimento daquela promessa, aliado ao receio do abandono das demais importantes reivindicações (luta contra redução salarial e por aumento salarial dentro do atual Plano de C&T e elevação da participação da Fiocruz no Fio-Saúde).

A Asfoc valorizou a importante conquista representada pelo anúncio do Presidente da República, retirando do Castelo o painel e as faixas do Bressinho (símbolos da luta pela equalização), e manteve as duas paralisações setoriais de 24h previstas, em nome das demais reivindicações, como fora explicitado na carta entregue ao novo ministro Saraiva Felipe, durante visita do Presidente Lula.

Ao retomar a discussão esta semana, a diretoria da associação propôs a suspensão da greve com base em três pontos: 1 – em carta aberta à comunidade da Fiocruz (29/07), o CD reafirmou seu compromisso de, independente de buscar consolidar o novo plano, “trabalhar ativamente com a comunidade para o atendimento integral de suas reivindicações”. 2 – em discurso aos conselheiros (28/07), o presidente Paulo Buss afirmou: a comissão da Fiocruz que participará da elaboração do novo plano deve buscar assegurar aumento salarial na proposta. 3 – em carta enviada à diretoria da Asfoc (29/07), o CD, que tem sido parceiro nesta luta, argumentou que a manutenção da greve poderia representar desgaste das relações da instituição com as instâncias decisórias das questões da gestão do trabalho deste governo que atendeu, pela pessoa do próprio Presidente da República, reivindicações importantes dos trabalhadores da Fiocruz.

Desta forma, o movimento aprovou novas atividades (veja abaixo) e mantém-se alerta para cobrar do governo e dos dirigentes da Fiocruz o cumprimento dos recentes compromissos.


A Asfoc defende um plano próprio desde que:

1) Contenha no mínimo todas as conquistas do atual Plano de C&T;

2) Assegure as equalizações de todas as situações de diferenças salariais existentes (Bressinho, Planos …);

3) Assegure aumento real na tabela salarial;

4) Não aumente as desigualdades salariais entre os diferentes cargos e níveis;

5) Assegure regras de transição que não prejudiquem os servidores na aposentadoria;

6) Institua Adicional de Dedicação Exclusiva para todos os níveis não compatível com outros vínculos ou remuneração por projetos;

7) Institua gratificação vinculada à avaliação de desempenho (a definir, se individual ou por equipe)


Atividades do movimento

3/8 – Quarta-feira
• Reunião Fórum C&T (Brasília)

4/8 – Quinta-feira
• Assembléia Direh, Dirad, Diplan e Presidência
Sala de vídeo da Estação do Trenzinho (10h)
Pauta: Movimento e gestão do trabalho nas unidades
• Grupão Asfoc
Sala 314 do Politécnico (13h)
Pauta: Fio-Saúde
Reunião Fórum C&T com Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende (Brasília)

9/8 – Terça-feira
• Seminário V Congresso Interno
Local: Auditório do INCQS (9:30h)

10/8 – Quarta-feira
• Assembléia Geral
IFF (11h)
Campus (13h)

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