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Ministro de C&T: “acordo será honrado”

Mais uma vez, a greve da Fiocruz em todo o país (17/05) foi um sucesso de organização e repercussão na mídia. Ao mesmo tempo, em Brasília, cerca de 350 servidores da carreira de Ciência e Tecnologia realizavam Ato em frente ao Ministério de C&T e as lideranças sindicais se reuniam com o ministro Sérgio Rezende.

Numa atitude inédita, o ministro desceu para participar do Ato. Ele garantiu que o governo honrará o acordo fechado no fim do ano passado com a categoria e enviará ao Congresso Nacional a proposta de aumento de 15% para a carreira de C&T, retroativa a fevereiro. A preocupação era de que o contingenciamento no Orçamento da União, anunciado esta semana, afetasse o reajuste. A única dúvida, segundo Sérgio Resende, fica por conta do encaminhamento para votação no Congresso Nacional: se o acordo vai por Medida Provisória ou Projeto de Lei.

Depois de discursar no Ato e participar da reunião do Fórum de C&T com o ministro, o diretor-geral da Asfoc, Rogério Lannes, foi recebido pela chefe de gabinete do ministro da Saúde Lourdes Lemos Almeida. A Associação quer que o ministro José Agenor Álvares interceda junto ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para que o aumento de C&T e o Plano Próprio da Fiocruz, retroativo a março, sejam enviados ao Congresso por Medida Provisória. O temor é de que não dê tempo para votar, como Projeto de Lei, até o fim de junho – prazo máximo em ano eleitoral.

Nesta sexta-feira (19/05), uma Comissão formada pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz, Presidência e Asfoc estará em Brasília para tratar do assunto em reuniões nos Ministérios do Planejamento, Saúde e Casa Civil.


Greve teve adesão total

As duas últimas paralisações da Fiocruz – nos dias 10 e 17 de maio – tiveram excelente adesão dos trabalhadores e boa cobertura da imprensa. As fotos do movimento podem ser vistas no site.

A greve foi noticiada em todos os meios de comunicação: jornal, rádio, televisão e internet. Não só a paralisação, mas também os motivos do movimento ganharam as páginas dos jornais Extra, JB e Commércio. O mesmo tratamento foi dado pelos sites Globo.com, JB Online e Radiobrás. As rádios Globo, CBN, Tupi e Radiobrás fizeram na quarta-feira (17/05) várias inserções sobre nossas reivindicações e uma matéria na TVE mostrou como aconteceu o movimento.

Na primeira paralisação (10/05), com ocupação do Campus, tivemos debates de alto nível. Direh, Ipec, Politécnico e Instituto Fernandes Figueira reuniram mais de 100 trabalhadores cada, para discutir temas como as condições de trabalho e a saúde do trabalhador e as mudanças na estrutura organizacional da Fiocruz, tema da Plenária Extraordinária do V Congresso Interno, a ser realizada entre 19 e 21 de junho. Assuntos tratados também na Unidade de Manaus, que contou com a presença de dezenas de trabalhadores para um debate.

Nesta segunda greve deste mês (17/05), mantivemos apenas 20% dos trabalhadores de Bio-Manguinhos trabalhando efetivamente. A paralisação atingiu também 90% de Far-Manguinhos. Fora do Rio de Janeiro, pararam as unidades de Manaus, Salvador, Belo Horizonte e Brasília, que esteve presente com servidores e faixas na manifestação no Ministério de C&T. E tudo isso sem prejudicar a população, que continuou contando com os serviços essenciais. No Instituto de Pesquisas Evandro Chagas (Ipec) houve triagem na portaria principal e os pacientes que não puderam ser atendidos foram remarcados e receberam lanche e dinheiro para a passagem.

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