Milhares de pessoas foram às ruas de todo o país ontem (24/10) em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241. As manifestações foram orientadas pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). No Rio de Janeiro, a Asfoc-SN convocou e disponibilizou transporte para os trabalhadores e estudantes da Fiocruz, que se integraram ao Ato no Centro da cidade. A manifestação começou na Candelária e seguiu pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia.
Paralelamente, em Brasília, a Asfoc também esteve presente numa marcha pela Esplanada dos Ministérios. Durante o trajeto, entre o Museu da República e o gramado em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes gritaram várias palavras de ordem.
“Amanhã estaremos todos juntos para barrar a PEC 241 e a favor da Educação e Saúde 100% públicas e de qualidade. Não vai ter arrego”, afirmou, no caminhão de som, o vice-presidente Paulo Garrido.
Houve ainda protestos em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Mais cedo, em audiência pública na Câmara dos Deputados, a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) definiu como importante a mobilização da Asfoc e do Fonasefe contra a PEC 241. “A aprovação da matéria será o fim do Sistema Único de Saúde”, afirmou.
Para ela, o bloco de oposição terá mais dificuldades em obstruir a votação da Proposta. “Como se trata de votação em segundo turno, o regulamento é mais restritivo em relação à tática de obstrução”, frisou.
De acordo com a parlamentar, a tendência é que a matéria seja aprovada mais rápido. ” A estratégia do governo é passar o trator”, ressaltou.
A PEC, aprovada em primeiro turno no último dia 11, deve ser analisada novamente pelo plenário da Câmara dos Deputados ainda nesta terça-feira (25). Por se tratar de emenda à Constituição, para ir ao Senado ainda precisa ser aprovada por pelo menos três quintos dos deputados (308 dos 513) em segundo turno.
A Asfoc, junto com o Fonasefe e a Auditoria Cidadã da Dívida, manterá a pressão e a força-tarefa no Congresso até a tramitação da PEC 241 no Senado.
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