A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasemns) têm papel de destaque na luta contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil. A afirmação foi feita pelo pesquisador da Fiocruz Odorico Monteiro e o coordenador técnico do Conasemns Nilo Bretas, hoje (09/06), durante a live da Asfoc “Ciência e Saúde pela Vida e Cidadania”.
Na abertura, o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, lembrou que o debate virtual faz parte das atividades da Marcha pela Vida. A saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), a ciência, a solidariedade, a preservação do meio ambiente e a democracia também fazem parte da pauta do evento virtual neste 9 de junho. “São valores fundamentais neste momento de crise sanitária, econômica e social em que nosso país está imerso”, afirmou Paulinho.
O pesquisador Odorico Monteiro parabenizou a Asfoc pela combatividade na defesa das causas sociais. De acordo com ele, o Sindicato “lidera hoje o movimento nacional em defesa da vida, da ciência e da democracia”. Sobre a crise sanitária no país, afirmou que estados e municípios são destaques no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
“A gente só não tem uma mortalidade maior, uma situação mais crítica, um desastre total, por causa dos estados e municípios, que estão fazendo o dever de casa. Infelizmente, se dependesse do governo federal, era crise de manhã, à tarde e à noite”, ressaltou.
Para ele, a Fiocruz é hoje a grande resposta do Ministério da Saúde à pandemia. “Na questão da orientação, construção dos modelos matemáticos, consultoria, interlocução dos pesquisadores juntos aos governos estaduais e municipais. Neste sentido, é fundamental esse papel estratégico da Fiocruz hoje no Brasil”, frisou.
O coordenador técnico do Conasemns Nilo Bretas fez coro com o colega de debate virtual. “É inegável o papel da Fiocruz no mundo. Não tem como medir, não tem como mensurar nestes 120 anos. É uma contribuição grandiosa no processo e, com certeza, vai continuar tendo, porque tem o reconhecimento de todos os gestores do país”, disse.
Sobre a contribuição do Conasemns e Conass após o Ministério da Saúde mudar os critérios de contagem de morte por Covid-19, Nilo destacou a especificidade de governança dos conselhos: participativo, cooperativo, colaborativo e interfederativo. “Nos momentos de fragilidade de coordenação, o papel do Conasemns/Conass é sempre suprir o que tem no outro”, finalizou.
Na próxima terça-feira (16/06), o Sindicato realiza o debate virtual “Pandemia nos territórios vulneráveis”. Além da participação da vice-presidente da Asfoc, Mychelle Alves, os convidados são Wagner Martins, da Fiocruz-Brasília, e um representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Assista na íntegra o debate virtual desta terça-feira (09/06): https://www.facebook.com/watch/?v=180370423404962
