A segurança do trabalhador é prioridade para a Presidência da Fundação Oswaldo Cruz no cumprimento da missão institucional, de promover a saúde da população brasileira. De acordo com a coordenadora Geral de Gestão de Pessoas (Cogepe), Andréa da Luz Carvalho, este aspecto norteia as ações da Fiocruz e, em função disso, o compromisso de gestão – principalmente em tempos de pandemia – é garantir dois processos “aparentemente contraditórios”: a manutenção da atividade laboral e a entrega para a sociedade.
“Para que o trabalho aconteça na Fiocruz, deve estar sempre associado a medidas de saúde do trabalhador, em que o trabalhador seja considerado protagonista, seja seguro e tenha a sua saúde garantida”, afirmou durante a live “A gestão de pessoas na pandemia”, promovida pela Asfoc-SN, na noite de terça-feira (08/12).
A coordenadora da Cogepe destacou durante o evento digital as ações desenvolvidas pela Fiocruz para a sociedade durante a pandemia do novo coronavírus: construção do Centro Hospitalar Covid-19; produção de pesquisas, matérias sobre a doença e kits de diagnóstico; realização de testes; apoio a secretarias estaduais de saúde; entre outros. “Para que pudéssemos continuar a entrega deste enorme rol de ações foi condição da Nísia (presidente da Fiocruz) e minha garantir a segurança do trabalho”, ressaltou Andréa da Luz.
Então, a partir da reestruturação de suas ações, a Cogepe fornece Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para os trabalhadores dos serviços essenciais (da produção à assistência); disponibiliza testes de diagnósticos (PCR) para sua força de trabalho, sem distinção de vínculo (estudantes, bolsistas e terceirizados também são contemplados); e faz monitoramento de todos os trabalhadores a partir do plano de trabalho criado pela Coordenação Geral (rodízio ou em home office).
Há ainda a vigilância nos ambientes de trabalho, com a construção de protocolos; desinfecção deste ambientes; orientação dos trabalhadores; acompanhamento dos casos sintomáticos de Covid-19 e psicológico para os internados; orientação de familiares; comunicação forte e intensa (Comunica Interna); produção de matérias voltadas à saúde do trabalhador (home office, ergonomia, alimentação, exercícios, cuidados etc.) e relatos históricos de trabalhadores da limpeza e motoristas, por exemplo, na série “Aqui por Nós: Trajetórias Cruzadas no Enfrentamento à Covid-19 na Fiocruz”. “É a valorização do trabalho de todos, sem distinção. Da limpeza ao pesquisador, todos são fundamentais”, frisou.
O chefe do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas da Cogepe, Nelson Passagem Vieira, afirmou que o lema da Fiocruz no enfrentamento à pandemia é “em defesa da vida”. “Conseguimos, de fato, continuar prestando o serviço efetivo, dando as respostas para a sociedade. A Fiocruz está fazendo isso com êxito e excelência, ao mesmo tempo preservando a saúde dos trabalhadores”.
Nelson Vieira esclareceu que os órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal estão atualmente sob a vigência da Instrução Normativa (IN) 109. Esta IN garante o trabalho remoto e as prioridades para os grupos de risco: acima de 60 anos; portadores de doenças crônicas listadas na IN; pessoas que coabitam com infectados pela Covid-19; e servidores com filhos em idade escolar.
A Instrução Normativa estabelece também a possibilidade de realizar o sistema de rodízio em turnos alternados – além de seguir as orientações da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, do Ministério da Economia, a Fundação Oswaldo Cruz aplica o Plano “Em Defesa da Vida – Convivência com a Covid-19 na Fiocruz”, visando garantir a segurança dos trabalhadores das unidades.
O chefe da Cogepe também comentou uma pesquisa da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), sobre o trabalho remoto na pandemia. O resultado, segundo Nelson “já esperado”, apontou para a situação de maior dificuldade para as mulheres em home office, em função da sobrecarga dos afazeres domésticos e cuidados dos filhos pequenos ou idosos.
“Isso se reproduz no conjunto dos servidores, não somos diferentes. A pesquisa aponta também alguns aspectos problemáticos relacionados a perda de produtividade, falta de interação com os colegas, alguns problemas tecnológicos e a falta de limites entre a vida pessoal e profissional”, listou Nelson Vieira.
Em atividades concomitantes em Brasília e São Paulo, o presidente e a vice da Asfoc-SN, Paulo Garrido e Mychelle Alves, se alternaram na apresentação do evento digital e formularam perguntas para os convidados.
Acesse o link e confira a live na íntegra: https://www.facebook.com/asfocsn/videos/1852856844863046/