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Os diretores Fábio Russomano (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira/IFF) e Valdiléa Gonçalves Veloso dos Santos (Instituto Nacional de Infectologia/INI) afirmaram que os hospitais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a pandemia do novo coronavírus deixarão um legado no tratamento de pacientes da Covid-19. As declarações foram feitas ontem (06/10) na live ”Assistência e Pesquisa – O papel dos hospitais da Fiocruz na pandemia”, promovida pelo Asfoc-SN.

De acordo com Valdiléa, o Centro Hospitalar Covid-19 da Fiocruz tem a estrutura completa para prestar uma excelente assistência aos pacientes, principalmente os graves – com necessidade para receber suplementação de oxigênio e ventilação mecânica. Porém, a unidade hospitalar não é apenas para este tipo de atendimento. Congrega também importantes estudos em pesquisa, assistência e ensino.

“Temos um objetivo: gerar evidências científicas e transformar esse conhecimento para implementação de políticas públicas. Esperamos que os dados gerados no Centro Hospital para o tratamento da Covid resultem em protocolos de tratamento”, afirmou.

Para ela, a unidade de atendimento deixará um grande legado para o Sistema Único de Saúde (SUS), porque vai preencher uma lacuna muito grande no Rio de Janeiro. “Vamos oferecer leitos de UTI, que em geral são uma deficiência, para pacientes com doenças infecciosas. Esperamos que possamos contribuir para reduzir a mortalidade dos pacientes. Vamos poder também ser referência para a pesquisa e para a síndrome respiratória aguda”, frisou.

Apesar de não ser um hospital para atendimento de Covid, o IFF deu continuidade às ações de assistência a crianças e adolescentes com perfil de doenças crônicas e raras. Em articulação com a Rede de Saúde, a Unidade manteve leitos de isolamento e criou uma área para mulheres e gestantes suspeitas de serem portadoras de Covid-19 – inclusive, com Unidade de Terapia Intensiva até a sua transferência para outra UTI. Fábio Russomano listou a herança da pandemia.

“Telemedicina e telessaúde chegaram para ficar. Adorno zero, uso adequado de equipamento de proteção individual, prescrição de medicamentos sem papel, eventos e encontros com os trabalhadores em plataformas virtuais, formulação de diretrizes clínicas, cultura de unidade institucional, cultura de gerenciamento de crises e colaboração interunidades”, enumerou. “Sem o INI, o IFF não teria conseguido enfrentar os efeitos desta pandemia”, afirmou, acrescentando que sem a participação e a união dos trabalhadores, nada disso teria sido possível. “Um grande aprendizado e uma grande construção”, disse.

O presidente da Asfoc, Paulo Garrido, revelou em primeira mão que a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, será homenageada com o Prêmio Relevância, criado pela Agência Servidores. A indicação do nome foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Executiva Nacional e Coordenações Regionais do Sindicato – o evento para entrega da homenagem será divulgado em breve.

Paulinho afirmou ainda que em 28 de outubro, Dia do Servidor Público, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Púbicos Federais (Fonasefe), integrado pela Asfoc, programou uma agenda de mobilização em valorização do servidor público, com manifestações virtuais, atos performáticos e audiência pública no Congresso Nacional. No fim do evento virtual, ele ainda leu uma nota da Diretoria.

“A Fiocruz é um patrimônio do povo brasileiro. Instituição estratégica de Estado, que reúne áreas fundamentais para o enfrentamento do quadro sanitário e epidemiológico do País. Uma ciência inteiramente dedicada ao interesse público e à autonomia nacional. Uma ciência que esquadrinha o território e as condições de vida da população. Um complexo científico e tecnológico com fortes componentes sinérgicos entre os seus diversos campos de atuação. Dignidade e desenvolvimento humano, autonomia nacional, saúde, educação, ciência, tecnologia e produção de insumos e defensivos contra as doenças que atingem a população são as metas da Instituição. Metas perseguidas por um olhar que, desde o início, buscou conhecer o país e contribuir para a construção de um projeto nacional situado nos marcos da civilização”.

A vice-presidente do Sindicato, Mychelle Alves, destacou a pesquisa realizada nesta semana pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia. O levantamento aponta a Fundação Oswaldo Cruz como a mais importante instituição de pesquisa do país por 56,8% dos entrevistados – seguido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 11,4%.

“Essa é a importância do nosso trabalho. São 120 anos de Instituição. Aqui somos e valorizamos o SUS. Foi aqui, através da Fiocruz, que os pensadores ajudaram a formular as políticas que hoje são o nosso Sistema Único de Saúde. Viva a Fiocruz! Viva o SUS”, comemorou Mychelle.

Clique no link e assista ao evento digital na íntegra: https://www.facebook.com/watch/?v=831713594232897

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