A presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, participou da Mesa de abertura do lançamento da cartilha “Assédio moral, sexual e outras violências de trabalho”, na manhã desta sexta-feira (18/11), no auditório da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV).
Mychelle disse ser uma satisfação apoiar o lançamento do documento, assim como foi feito pelo Sindicato em 2014. Segundo ela, o material é enriquecedor e uma forma de toda a comunidade Fiocruz aprender e se conscientizar sobre a questão. “Até porque as mulheres são maioria e sofrem mais com a violência”, frisou.
A presidente da Asfoc lembrou também que, nos últimos anos, houve o aumento do racismo, da LBTQIA+fobia, do capacitismo e de outras formas de violência. “Não somos uma ilha. A Fiocruz também é o reflexo da sociedade. Institucionalmente a Fiocruz é diferenciada. Ter uma instituição comprometida pela redução das iniquidades é fundamental”, comemorou.
Mychelle destacou a luta do Sindicato – que integra a Internacional do Serviço Público (ISP) – para ratificar a Convenção 190 da OIT. “Não conseguimos com o atual governo, mas neste processo de esperança acreditamos que o presidente Lula coloque para o Congresso Nacional ratificar a convenção”, disse.
Ela ainda enumerou os motivos para a Convenção 190 ser ratificada. “Implica na implementação pelo Estado de políticas de combate a estas práticas (de violência), considerando a perspectiva de gênero, o que é importante no combate à violência e ao assédio contra grupos vulneráveis. Isso significa mais ferramentas de denúncia e proteção às vítimas. O país que ratifica a 190 deve criar leis que proíbam a violência e o assédio; garantir políticas públicas relevantes abordando violência e assédio; adotar uma estratégia abrangente para implementar medidas que previnam e combatam violência e assédio; estabelecer o fortalecimento de mecanismo de monitoramento e proteção; garantir às vítimas acesso a tratamentos e apoio; desenvolver ferramentas, guias, formações e treinamentos sobre estas questões; garantir métodos efetivos de inspeção, investigação de casos de violência e assédio, incluindo inspeção em locais de trabalho por parte dos órgãos competentes”, finalizou.
Foto: Mario Cesar