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Jornada de Lutas reúne milhares de servidores em Brasília

Trabalhadores da Fiocruz participam de intensa agenda contra reformas e perda de direitos

 Milhares de servidores públicos federais de todo país participaram, essa semana, da Jornada de Lutas contra as reformas da Previdência e Trabalhista, e contra o PLP 257 e a PEC 241.

“Primeiramente, fora Temer! E fora também Ricardo Barros, ministro da Saúde golpista e privatista”, afirmou o vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, durante Marcha unificada da categoria, terça-feira (13/09), em Brasília.

Uma delegação expressiva de trabalhadores da Fiocruz também participou da manifestação, que percorreu a Esplanada dos Ministérios. Houve ainda falas de dirigentes de diversas outras entidades sindicais e protestos em frente ao Congresso Nacional, além dos ministérios do Planejamento, Trabalho, Saúde e Fazenda. Neste último, o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) pressionou por uma audiência com o ministro Henrique Meireles para reivindicar maiores investimentos públicos em Saúde e Educação, pela Auditoria Cidadã da Dívida e contra o ajuste fiscal – mas, infelizmente, não foi atendido.

Em Reunião Ampliada, realizada na quarta-feira (14/09), também em Brasília, as Centrais Sindicais (CUT Brasil, CTB e CSP – Conlutas) e as entidades sindicais nacionais que compõem o Fonasefe, entre elas a Asfoc, avaliaram como exitosa a Jornada de Lutas. Com a participação de mais de 10 mil trabalhadores, foi mais um passo para a unificação das lutas.

A Jornada teve início na segunda-feira (12/09), com acampamento e manifestação pela cassação do mandato de Eduardo Cunha (que acabou naquela noite sendo aprovada).

A Reunião Ampliada consensuou ainda novas atividades do movimento contra a retirada de direitos dos trabalhadores e em defesa dos serviços e servidores públicos: realização de mobilizações nos Estados (atos/manifestações/paralisações), nos dias 22 e 29 de setembro.

O vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, ressaltou a importância de fortalecer os fóruns estaduais “para que o movimento tenha condições, força e unidade para construção da greve geral”. “Fora Temer, nenhum direito a menos, em defesa do Sistema Único de Saúde, dos trabalhadores, dos direitos das mulheres e dos aposentados, seguimos na luta”, afirmou ele, durante a Reunião Ampliada.

Paulinho também ressaltou que a Asfoc vai fortalecer a agenda indicada na Plenária em Defesa do SUS, que ocorreu na terça (13/09), no Rio de Janeiro, com a presença da direção do Sindicato e de trabalhadores da Fiocruz.

A Asfoc já confirmou presença na reunião do Fórum dos Federais do Rio de Janeiro, dia 16, quando reforçará a importância de maior mobilização para o Ato contra a privatização da saúde, em 22 de setembro, no Hospital Getúlio Vargas.

Frente Parlamentar

Paralelamente, parte da delegação de Trabalhadores da Fiocruz também participou em Brasília do relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal.

A mesa, comandada pelo senador Paulo Paim (PT/RS), contou com a participação de deputados federais e diversos dirigentes sindicais.

A Frente é contra os ataques aos servidores públicos por meio de propostas que congelam os reajustes dos servidores e os concursos públicos por 20 anos.

Presidente da Câmara

Na quarta-feira (14/09), a delegação da Asfoc-SN teve audiência com o novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Durante o encontro, que contou também com a participação do deputado Federal Edinho Bez, representante dos anistiados, do Sinasefe e da Asfoc-SN, o vice-presidente Paulo Garrido reafirmou apoio às demandas dos trabalhadores anistiados do serviço público, da preocupação dos impactos e consequências negativas da PEC 241 e do PL da Escola Sem Partido, além do cumprimento do acordo na integra, buscando apoio da Câmara para a implementação do RRA.

Alegando não ser governo, Rodrigo Maia rejeitou a possibilidade de qualquer mediação com o Executivo em relação ao acordo assinado. Ele defendeu veementemente a PEC 241, afirmando que é necessária a política de redução do Estado. A Asfoc apresentou argumentos, teses diferentes, defendendo a ampliação do debate, mas o presidente da Câmara afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição é prioridade e será levada a plenário em outubro.

Rodrigo Maia disse ainda que concorda com a ampliação do debate com a sociedade sobre o PL da Escola Sem Partido – que é muito polêmico – mas que a tensão se deve dar primeiro na Comissão de Educação. Ele se comprometeu a não colocar em pauta agora. “Não é prioridade e não vai a plenário”, garantiu.

A Asfoc segue atuante e em mobilização permanente contra a agenda de reforma anunciada pelo governo Temer, com o objetivo de barrar as perdas sociais e os direitos trabalhistas.

Frente Nacional Escola sem Mordaça

A diretora secretária Geral do Sindicato, Luciana Lindenmeyer, participou na quarta-feira (14/09) de reunião da Frente Nacional Escola Sem Mordaça, que debate as ações realizadas, próximos passos e calendário. A delegação da Asfoc também esteve no debate sobre a repressão e a criminalização dos movimentos sociais na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. O tema em debate foi apresentado pela Asfoc no início dos trabalhos da CDH, em março deste ano.

Clique aqui e veja as imagens da Jornada de Lutas em Brasília.

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