Num momento em que o país vive uma crise política e econômica das mais sérias da história, a Asfoc-SN reafirma seu papel de guardiã dos interesses dos trabalhadores. Cobrar o aperfeiçoamento da gestão do Fiosaúde é obrigação. Zelar pelo nosso Plano de Saúde é defender uma de nossas maiores conquistas!
Ainda em reunião da Mesa de Negociação Interna com a Presidência da Fiocruz, no fim de 2020 (https://www.asfoc.fiocruz.br/…/asfoc-sn-atualiza-pauta…), o Sindicato reafirmou a necessidade de um grande debate sobre o sistema de governança do Fiosaúde e a revisão do modelo de atendimento.
Na primeira reunião da Mesa, no início do ano seguinte, a Asfoc voltou a cobrar. Na ocasião, informou-se que o Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência já havia pautado, em seu último encontro, a proposta de alteração do estatuto. (https://www.asfoc.fiocruz.br/…/mesa-de-negociacao-pauta…).
No dia 20 de maio de 2021, ao tomar posse como Presidente do Conselho Fiscal do Fiosaúde (eleito pelos usuários), o vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, se pronunciou a favor da mudança de estatuto do Plano e afirmou a urgência do aprofundamento da discussão sobre sua governança.
Em agosto, a Asfoc-SN recolocou o tema na pauta da Mesa de Negociação Permanente com a Presidência da Fiocruz. Ficou acertado a realização de reuniões específicas para a apresentação de propostas sobre a possibilidade de reforma estatutária e modelos de gestão do Plano.
No dia 11 do mesmo mês, as trabalhadoras e os trabalhadores da Fiocruz, em Assembleia Geral, decidiram pela adesão ao Dia Nacional de Mobilização contra a Reforma Administrativa (PEC 32), em defesa dos serviços públicos e valorização dos servidores. (https://www.asfoc.fiocruz.br/…/assembleia-geral-adesao…)
Em 26 de novembro de 2021, o Fiosaúde retorna à pauta como um dos principais temas da Assembleia Geral da Asfoc, realizada num formato híbrido (presencial e virtual).
Integrando o Conselho Deliberativo do FioSaúde e o Conselho Fiscal, a Asfoc cobrou novamente um modelo de governança para os trabalhadores decidirem sobre o futuro.
Fruto de desdobramentos das discussões, está agendada uma série de reuniões com a Presidência da Fiocruz e direção do Fiosaúde para os próximos dias. O assunto será incluído na pauta do próximo encontro do Conselho Deliberativo ou mesmo numa reunião Extraordinária do CD.
Evidentemente somos todos contrários aos aumentos no Fiosaúde. Todos nós sabemos o sacrifício que fazemos para manter em dia as mensalidades do Plano. Alguns diretores da Asfoc, inclusive, não são cobertos por nenhum Plano de Saúde. Como Sindicato, buscamos sempre evitar tais aumentos.
Entretanto, enquanto alguns lutaram para retirar associados do Fiosaúde e levá-los para planos de mercado, nossas ações sempre se pautaram pela responsabilidade e defesa dos trabalhadores e pela manutenção do Fiosaúde. Nos recusamos terminantemente a representar interesses de seguradoras e instituições financeiras que gerenciam os planos de saúde privados disponíveis no mercado. Não nos colocamos, e jamais nos colocaremos, no lugar de corretores e muito menos na posição de receber algum recurso a título de corretagem.
Consideramos que o Fiosaúde, apesar de sofrer as mesmas pressões inflacionárias dos demais planos, não tem como característica a busca do lucro. Consideramos também que o Fiosaúde está, em termos de governança, ao alcance dos seus associados. Coisa que não ocorre com os planos do mercado. É pouco provável que se façam assembleias de beneficiários para debater os reajustes e a gestão de planos privados. Em todas as reuniões que participamos optamos por seguir o bom senso e a legalidade, principalmente em relação à exigência de lastro financeiro mínimo para o seu funcionamento. Também fizemos estudos comparativos sobre preços, benefícios e saúde financeira das operadoras de planos de saúde. Nenhum desses estudos nos mostrou alguma vantagem em relação ao Fiosaúde, muito pelo contrário.
Isto não quer dizer que nos contentamos com a situação do Fiosaúde. Estamos sempre à procura de soluções para os problemas que identificamos. Dentre elas, um atendimento positivamente diferenciado para aqueles que dispõe de poucos recursos. Também fizemos gestões junto à Presidência, junto à administração do Fiosaúde e do governo Federal. Todas as nossas ações, para dentro ou para fora da Fiocruz, foram respaldadas por assembleias e amplamente divulgadas nas nossas redes sociais e publicações como demonstrado acima. Até aqui, nossa avaliação não indicou que cortes de direitos ou benefícios dos trabalhadores do Fiosaúde resultariam na redução das mensalidades ou em uma melhor relação custo-benefício como querem fazer crer aqueles que levianamente nos caluniam. Não nos negamos a discutir uma política de redução de custos e salários no Fiosaúde que zele pela saúde financeira do plano e pela manutenção de empregos. No entanto, nos recusamos a apontar os acordos coletivos assinados entre funcionários da Fiosaúde e os gestores do plano como responsáveis pelo alto custo das mensalidades. Lembramos que estamos sem reajuste desde 2017. Lembramos também que o governo se recusa a prestar qualquer colaboração. Pelo contrário, impediu concursos que aumentariam a base de associados e reduziria o peso do componente etário.
A situação é bastante complexa. Temos que decidir, em conjunto, a melhor saída. Convidamos a todas e todos para essa série de Assembleias que se inicia. Uma Jornada de Lutas pelo Fiosaúde, pela recomposição salarial dos servidores, pelo reajuste da cesta de benefícios, pelo aumento do per capita saúde. Pelo reconhecimento, valorização e por melhores condições de trabalho!
Fique atento ao calendário em sua Unidade e participe!
ASSEMBLEIAS JÁ MARCADAS
IOC: 16/02
IFF: 23/02
Ensp: 24/02