Com a presença de representantes de 30 entidades nacionais, entre elas a Asfoc-SN, o governo finalmente retomou o processo de negociação com os servidores federais. No entanto, na apresentação do secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, ontem (07/03), em Brasília, ficou claro que o Ministério do Planejamento continuará apresentando dificuldades para avançar concretamente nas discussões com os trabalhadores.
O secretário afirmou que está acompanhando de perto a agenda de mobilização dos servidores – que prevê uma Jornada de Lutas ainda este mês, culminando com uma grande marcha dia 28 – e propôs uma repactuação de prazos, sinalizando que seria muito difícil encerrar as negociações antes de agosto. “Estamos num contexto de limite fiscal. Vai haver conflito”, admitiu.
Ele foi imediatamente rebatido pelos sindicalistas, que reafirmaram o compromisso firmado pelo governo no ano passado de terminar as discussões até o fim de março. Cobrado pelos trabalhadores, Sérgio Mendonça marcou a próxima reunião para o dia 14, tendo os seguintes pontos de pauta: política salarial, data-base e reajustes de benefícios, como o auxílio-alimentação. Para subsidiar as discussões, o movimento unificado dos trabalhadores irá apresentar estudo do Dieese sobre as perdas salariais.
O presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, e o diretor de Articulação Regional, Wlademir Gomes de Melo, estiveram presentes ao encontro. Paulinho reiterou a necessidade de reabertura das negociações para tratar da pauta específica da Fiocruz. O secretário assumiu ter conhecimento das demandas do Sindicato e disse que vai construir uma agenda para discutir todas as pautas especificas.