A diretora do Departamento de Relações de Trabalho da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós, disse na quarta-feira (23/03) que ainda não é possível marcar uma data para a reabertura das negociações com a Asfoc-SN.
Após intensificação das cobranças por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, ela alegou que o secretário Duvanier Paiva Ferreira não conseguiu concluir até este momento o processo de transição com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Essa é a mesma justificativa dada para outras categorias que esperam a continuidade das negociações.
No fim do ano passado, ainda no governo Lula, a SRH assinou alguns memoriais (inclusive com a Asfoc) se comprometendo a retornar às Mesas o mais breve possível. No entanto, agora, o Ministério do Planejamento ainda alega dificuldades para marcar a reabertura das negociações mesmo no início de abril.
A Asfoc considera a não marcação de agenda um descompromisso não só com os trabalhadores, mas também com a direção da Fiocruz, pois, em fevereiro, a Secretaria, em reunião com a Presidência da Fundação, se comprometeu a marcar uma reunião para logo após o Carnaval. Inclusive, autorizando a direção da Fiocruz a divulgar isso.
É necessário que a direção da Fundação cobre a intervenção do Ministério da Saúde para a retomada das negociações. A Asfoc já protocolou e, posteriormente, entregou ao ministro Alexandre Padilha carta (04/02) cobrando a realização de audiência para tratar da questão, mas até agora não obteve qualquer resposta.
Para definir o rumo do movimento, o Sindicato convoca a próxima Assembleia Geral para 6 de abril (quarta-feira). Local e horário serão divulgados posteriormente.
Movimento conjunto dos servidores cobra mudança de postura da ministra Miriam Belchior
Próxima manifestação será no dia 13 de abril
Na quarta-feira (23/03), a direção da Asfoc participou de reunião do Fórum de Entidades do Serviço Público Federal para discutir a organização do novo Ato unificado, marcado para 13 de abril, em Brasília. Esta semana, os diretores da Asfoc também se integraram à força-tarefa que realizou intenso trabalho no Congresso Nacional contra os projetos que retiram direitos dos trabalhadores e afetam os serviços públicos e os servidores.
Os sindicatos trabalham para que pelo menos 10 mil pessoas participem da manifestação. A atividade terá início em frente ao Palácio do Planalto, onde representantes das entidades entregarão carta na Casa Civil cobrando da presidente Dilma Rousseff o atendimento da pauta dos servidores. Dali, a passeata percorrerá a Esplanada dos Ministérios até o prédio do Planejamento (Bloco K), onde os servidores farão uma vigília por reunião com a ministra Miriam Belchior.
No dia 16 de fevereiro, no primeiro Ato unificado do movimento, a ministra não quis nem marcar uma data de encontro com os manifestantes, designando o secretário Duvanier Paiva Ferreira para ser o interlocutor nas negociações. Por unanimidade, os representantes das entidades consideraram a atitude uma falta de respeito com os trabalhadores e decidiram continuar lutando por uma reunião com a própria ministra.
Também na reunião conjunta desta quarta, vários sindicatos informaram que a SRH vem protelando a marcação de reuniões para tratar das pautas específicas das entidades. Dentre estas, encontram-se as que, como a Asfoc, assinaram memoriais para a reabertura de negociações logo no início do ano.
A decisão de lançar uma campanha para unir forças é resultado de intensas reuniões de diversas entidades sindicais nacionais, entre elas a Asfoc-SN, realizadas na capital federal entre os dias 25 e 27 de janeiro.
Na semana que vem, dia 29 de março, acontece nova reunião do Fórum para organização do Ato nacional. No dia 6 de abril, haverá encontro das Entidades de servidores federais do Rio para discutir a manifestação estadual, marcada para o dia 28 e abril.
Repúdio contra prisão de manifestantes – Por problemas técnicos, a nota de repúdio divulgada na Lista-L sobre a prisão de manifestantes durante a visita do presidente norte-americano, Barack Obama, no dia 22 de março, foi replicada 15 vezes. Lamentamos o ocorrido e estamos trabalhando para que o fato não se repita. O texto da nota pode ser lido no site www.asfoc.fiocruz.br.
ASSEMBLEIA GERAL – Quarta-feira (06/04)