O presidente da Fiocruz, Paulo Buss, entregou em mãos, nesta quinta-feira (02/08), carta ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O documento, com argumentos jurídicos, deverá servir de base para subsidiá-lo na defesa dos atuais e ex-conselheiros do Fioprev, autuados recentemente pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC) do Ministério da Previdência Social. Temporão confirmou que irá se empenhar politicamente no sentido de anular a punição. Essas informações foram dadas também nesta quinta pelo vice-presidente da Fundação, Paulo Gadelha, na Assembléia Geral da Asfoc.
Desde a última Assembléia (26/07), uma série de ações foi tomada com o intuito de garantir a absolvição dos autuados, que respondem individualmente por empréstimo tomado ao Fundo Previdenciário (Fioprev) para equacionamento da dívida do Fio-Saúde.
Na segunda-feira (30/07), a Asfoc encaminhou ao presidente Paulo Buss pedido de reunião “ainda para esta semana”, com a presença dos autuados e o Sindicato. Na terça-feira (31/07), a diretoria da Asfoc, em encontro com o vice-presidente Paulo Gadelha, reforçou o pedido. Gadelha se prontificou a viabilizar a reunião – que aconteceu efetivamente na quarta-feira (01/08). Um novo encontro entre Paulo Buss, autuados e Asfoc já está marcado para esta sexta-feira (03/08).
Gadelha explicou ainda que a resposta ao recurso impetrado pelo Fioprev, na última sexta-feira (27/07), será analisado apenas na semana que vem. “Quando o secretário do SPC (Leonardo Paixão) retornará de licença”. O dirigente da Fiocruz também disse que fará gestões junto à Secretaria para que não haja nenhuma resposta antes de uma provável reunião entre o ministro da Saúde e o ministro da Previdência, Luiz Marinho. “Como já disse antes, nós somos co-responsáveis desse processo”, frisou Gadelha, que no final da tarde desta quinta-feira (02/08) enviou e-mail à SPC pedindo reunião com a Presidência da Fiocruz.
A Assembléia desta quinta-feira deliberou ainda pela construção de uma carta, a ser enviada aos ministros da Saúde e Previdência Social, para demonstrar que a atitude dos conselheiros foi legítima, ética e moralmente defensável, em sintonia com o interesse de todos os trabalhadores da Fiocruz. O documento será divulgado na Lista L e deverá ser encaminhado pelos servidores, individualmente, por e-mail, às autoridades.