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Fiocruz unida contra punição a conselheiros do Fioprev

Os trabalhadores da Fiocruz deliberaram nesta quinta-feira (26/07) pelo apoio incondicional aos atuais e ex-conselheiros, diretores e ex-diretores do Fioprev, autuados pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC) do Ministério da Previdência Social. E mais: definiram que ficarão em Assembléia permanente até que a punição seja revista.

A decisão, unânime, foi tomada após os servidores ouvirem as explicações sobre o empréstimo realizado para o equacionamento do déficit do Fio-Saúde. “Foi tudo feito de forma transparente”, afirmou o diretor superintendente do Fioprev, Carlos Magno.

Para o representante dos trabalhadores no Fioprev, Alex Molinaro, “havia uma dívida com a rede e algumas pessoas já estavam tendo dificuldades de serem atendidas”. Ele enfatizou que a operação realizada em 2005 – apoiada pela Presidência da Fiocruz, Conselho Deliberativo da Fundação e Assembléia da Asfoc – foi necessária e bem sucedida. “Pois garantiu a continuidade dos serviços assistenciais até os dias de hoje”.

Ele afirmou ainda que o empréstimo vem sendo pago pelos próprios trabalhadores (por meio de cota extra), a juros de mercado, e que a Patrocinadora também deverá entrar solidariamente com sua parte. “A operação tem mais garantias e rentabilidade do que qualquer uma que o Fioprev faça no mercado externo”.

O vice-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, endossou o discurso da Asfoc. “A Presidência se sente como se tivesse sido autuada”. Ele confirmou que está trabalhando politicamente para tentar anular a punição. “Vamos traçar uma estratégia junto ao ministro da Saúde (José Gomes Temporão) para chegarmos ao Ministério da Previdência”.

Para a Asfoc, é imprescindível o encontro urgente do presidente da Fiocruz e do ministro da Saúde com o ministro da Previdência, para que seja esclarecido que o ato dos conselheiros foi legítimo, ético e moralmente defensável, em sintonia com o interesse de todos os trabalhadores e suas famílias em preservar o Fio-Saúde e proteger o Fundo Previdenciário do Fioprev.

Em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo da Fiocuz, solicitada pela Asfoc, também ficou decidido o apoio aos conselheiros multados.

Insalubridade: se cortar, a gente pára!

A Assembléia Geral desta quinta-feira (26/07) deliberou também por uma paralisação caso se confirme, em agosto, redução salarial com o corte do adicional de insalubridade para grande número de servidores da Fundação.

Esta é uma possibilidade real, se a Fiocruz proceder a revisão de laudos conforme critérios restritivos e desatualizados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Os trabalhadores querem que a Presidência, a Direh e a Coordenação de Saúde do Trabalhador demonstrem competência teórica e técnica para modificar esses critérios.

A Asfoc-Sindicato Nacional defende que nenhum corte seja implementado e que a Presidência da Fiocruz se aproprie de documento elaborado em julho pelo Fórum de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde e demais instituições federais do Rio de Janeiro e atue para modificar o modelo atual. No trabalho, há críticas sérias ao critério utilizado para o corte da insalubridade e sugestões de laudos bem mais atualizados. De posse desse documento, a Fiocruz terá argumentos mais eficazes para garantir que não haja a retirada da rubrica neste momento.

Campanha salarial – Durante a Assembléia, a direção da Asfoc-SN informou a estratégia que utilizará nos próximos dias para a abertura da negociação junto ao governo Federal. Um documento com “apenas” 45 pontos, que justificam o reajuste de nossa tabela salarial, será encaminhado ainda hoje ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão – o documento estará disponível para consulta no site www.asfoc.fiocruz.br.

A intenção é que os nossos argumentos sirvam de base para a emissão de um Aviso Ministerial. Além disso, a diretoria do Sindicato já solicitou reunião com o próprio ministro, com o objetivo de preparar encontro com o Ministério do Planejamento.

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