Em Assembleia Geral há pouco, os trabalhadores da Fiocruz decidiram paralisar suas atividades por 48 horas a partir desta terça-feira (15/12). O movimento se dará por conta do corte do adicional de insalubridade, que afetará pelo menos 80% dos servidores da Fundação. A medida do Ministério do Planejamento implicará, em média, numa redução de 10% no salário destes trabalhadores. Uma nova Assembleia, na quinta-feira (17/12), às 13 horas, na Residência Oficial, durante CD Fiocruz, avaliará o rumo do movimento.
Somente os serviços considerados essenciais deverão funcionar, em regime de plantão semelhante ao do fim de semana. As listas com essas atividades e os nomes dos trabalhadores deverão preferencialmente ser centralizadas na direção das Unidades e enviadas em lista única à Secretaria da Asfoc-SN com o máximo de urgência.
Presente à Assembleia, o vice-presidente da Fiocruz, Pedro Barbosa, se disse surpreso com a determinação do Planejamento, que informou sobre a decisão apenas no fim da tarde da última sexta-feira (11/12). Ele afirmou que buscará novas informações e que já está trabalhando para tentar reverter a situação. O novo prazo para o fechamento definitivo da folha de pagamento é quarta-feira (16/12), às 22 horas. “No intuito de amenizar o impacto, aplicaremos os novos laudos produzidos a partir do processo de avaliação dos ambientes de trabalho feitos pela Fiocruz este ano. O problema maior é que talvez não dê para isso ser feito até a quarta-feira”.
O presidente da Asfoc-SN, Paulo César de Castro Ribeiro, lembrou que, mesmo como os novos laudos, o impacto para os servidores será grande. Desde o início do processo, o Sindicato cobra da Presidência a intensificação das ações políticas com o intuito de buscar uma solução compensatória. “Mais uma vez, faltou capacidade de antecipação dos problemas. É necessário que pelo menos se busque uma compensação financeira para essa perda”.