Em Assembleia Geral há pouco, os trabalhadores da Fiocruz decidiram paralisar as atividades por 24 horas nesta quinta-feira (17/06). A decisão foi motivada pela não apresentação de proposta e a afirmação da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento de que a Fundação não será contemplada no instrumento legislativo que ajustará as carreiras dos servidores.
Os trabalhadores também já indicaram paralisação de três dias na semana que vem, caso não haja qualquer avanço nas negociações. Uma nova Assembleia Geral, na próxima terça-feira (22/06), avaliará a manutenção deste indicativo.
As listas de atividades essenciais deverão ser “enxutas” e enviadas à Secretaria da Asfoc até as 16 horas de hoje. Caso os nomes nas listas ultrapassem os números habituais dos plantões de fim de semana, a diretoria do Sindicato e o comando de greve farão a triagem para reduzi-las.
Na Assembleia, o presidente do Sindicato, Paulo César de Castro Ribeiro, relatou a última reunião com a SRH (14/06). “Fomos bem claros de que não existe mais tempo para debates. Fizemos isso em inúmeras reuniões. Nossa proposta de reestruturação de carreira e reajuste salarial está na Mesa desde o ano passado e o governo até agora não apresentou qualquer contraproposta”.
Ele lembrou ainda que a própria Presidência da Fiocruz divulgou nota informando que participara de reunião no Planejamento e que havia um compromisso entre os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e José Gomes Temporão (Saúde) para a apresentação de uma proposta concreta aos trabalhadores da Fundação. “O que está acontecendo é um total desrespeito aos servidores e à Fiocruz. É hora do ministro Temporão e a Presidência fazerem valer o que foi acordado”.
A direção da Asfoc também confirmou a realização de um Grupão (reunião ampliada de diretoria) nesta sexta-feira (18/06), às 9h30, na sede do Sindicato. “Vamos debater o próximo Congresso Interno. Pela relevância do assunto, é muito importante a presença de todos”, conclamou Paulão.