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Fiocruz para na próxima quinta-feira (14/01)

Os trabalhadores da Fiocruz decidiram hoje (12/01), em Assembleia Geral, paralisar suas atividades na próxima quinta-feira (14/01). A greve acontecerá em função da possibilidade de corte da insalubridade já no contracheque de janeiro. Os servidores também aprovaram indicativo de paralisação para os dias 21 e 22 de janeiro, caso seja confirmada a redução salarial – a medida do Ministério do Planejamento afetará pelo menos 80% dos servidores da Fundação e, em média, implicará numa redução de 10% no vencimento básico. Uma nova Assembleia foi marcada para terça-feira (19/01), quando será avaliado o rumo do movimento.

Somente os serviços considerados essenciais deverão funcionar, em regime de plantão semelhante ao de fim de semana. As listas com essas atividades e os nomes dos trabalhadores deverão ser centralizadas na direção das Unidades e enviadas em lista única (em ordem alfabética) à Secretaria da Asfoc-SN, até as 15h30 desta quarta-feira (13/01).

Durante reunião de Mesa de Negociação Interna com a Asfoc na última sexta-feira (08/01), a Presidência da Fiocruz colocou que é improvável o adiamento da implementação dos novos laudos e impraticável a compensação salarial na folha de janeiro. “O que os trabalhadores acham impraticável é redução de salário. Não vamos entregar parte do nosso salário sem reagir”, frisou o vice-presidente da Asfoc, Paulo Garrido.

Com reunião agendada para o dia 22 de janeiro, em Brasília, entre Asfoc, Fiocruz e Ministério do Planejamento, o diretor da Direh, Juliano Lima, presente à assembleia, entende ainda ser possível inserir o assunto (redução salarial) na pauta de discussão. “A questão é que no dia 21 é o fechamento da folha de pagamento. Significa que janeiro fica realmente bastante difícil garantir a recomposição imediata. O sistema Siapenet já está sendo alimentado (com os novos laudos)”, afirmou.

O vice-presidente da Asfoc disse não haver qualquer garantia de que na pauta da reunião esteja o ponto sobre compensação financeira. Ele criticou ainda o pouco empenho da Presidência para antecipar a reunião. “Apesar disso, a Fiocruz tem capacidade e força política para reverter a situação”, afirmou Paulinho, lembrando ainda que o Sindicato entrou com uma liminar na Justiça, para garantir o pagamento da insalubridade, e até o momento aguarda resposta.

A Asfoc vai monitorar a agenda do presidente Lula, a fim de manifestar a indignação dos trabalhadores, e também fará gestões junto ao chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para reivindicar apoio.

FioPrev: A Asfoc se solidariza com os 29 ex-conselheiros do FioPrev, condenados a pagar, cada um, uma multa de cerca de R$ 9 mil, por conta de um empréstimo tomado ao Fundo Previdenciário (FioPrev) para equacionamento da dívida do FioSaúde. “Não admitimos nenhum tipo de punição. A atitude dos conselheiros foi legítima, ética e moralmente defensável. A Asfoc apoia incondicionalmente os trabalhadores autuados injustamente e de forma absurda. Vamos cobrar empenho político do ministro da Saúde e do presidente da Fiocruz para anular esta punição”, ressaltou o vice-presidente do Sindicato.

Regulamentação da GDACTSP e das titulações: Apesar do compromisso do governo de publicar o decreto até o fim de 2009, a situação ainda não foi solucionada. Em função disso, a Asfoc continua cobrando do Ministério do Planejamento a publicação da regulamentação da GDACTSP e das titulações. “É inaceitável que, depois de tantas promessas de regulamentação, o decreto ainda não tenha saído. A Presidência da Fiocruz precisa fazer uma gestão mais firme para que o assunto seja resolvido”, afirmou o diretor Daniel Daipert.

Agenda:
14/01 – Greve
19/01 – Assembleia Geral
21 e 22/01 – Indicativo de paralisação

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