A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai parar as suas atividades nesta quarta-feira (10/05). A decisão unânime de entrar em greve, por 24 horas, foi tomada na Assembléia Geral da Asfoc, realizada na tarde de segunda-feira (08/05).
Durante a paralisação de advertência, com ocupação do Campus para debates por unidades, os trabalhadores irão discutir, entre outras coisas, as condições de trabalho e a saúde do trabalhador em cada unidade, e as mudanças na estrutura organizacional da Fiocruz, tema da Plenária Extraordinária do V Congresso Interno, a ser realizada entre 19 e 21 de junho.
Os servidores da Fiocruz tomaram essa atitude devido à demora por parte do governo em sancionar o Orçamento da União e encaminhar para votação no Congresso Nacional os Projetos de Lei que tratam do reajuste de 15% no vencimento básico da Carreira de C&T e da criação do nosso Plano Próprio.
A assembléia deliberou também que, caso a situação permaneça inalterada, haverá nova greve, desta vez com portões fechados, no dia 17 de maio (quarta-feira). “Foi uma irresponsabilidade do Congresso deixar o país sem orçamento aprovado até 19 de abril e é inadmissível que o governo mantenha essa situação indefinida”, criticou Rogério Lannes, diretor-geral da Asfoc.
Uma Comissão formada por dirigentes da Fiocruz e diretores da Associação estará esta semana em Brasília para sensibilizar os parlamentares e os ministros da Casa Civil, Planejamento e Saúde para a necessidade do envio dos Projetos e a urgência em sua votação. Por estarmos em ano eleitoral, esses Projetos de Lei precisam ser votados até o fim de junho.