O secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Augusto Akira Chiba, afirmou que preservará o acordo firmado com a Asfoc-SN e a Presidência da Fiocruz. “Nosso posicionamento é pela manutenção do escalonamento e pagar as parcelas da GQ em 2018 e da incorporação da GDACT para os aposentados até 2019”. Ele fez essa afirmação após o vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, interpelá-lo durante reunião com o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), ontem (30/08), em Brasília.
Paulinho disse que o Sindicato não aceitará qualquer tipo de recuo em relação ao cumprimento ao acordo firmado e ainda cobrou uma definição sobre a implementação do Reconhecimento de Resultados de Aprendizagem (RRA). Chiba admitiu que a Secretaria ainda está com essa pendência, mas justificou que foi necessário se debruçar prioritariamente sobre o mais recente pacote anunciado pelo governo, “medidas necessárias para enfrentar grave crise financeira e ajudar o país a sair da crise”. Chiba se comprometeu em breve a marcar uma reunião com a Asfoc para tratar do RRA.
Os trabalhadores da Fiocruz também estiveram presentes em Brasília numa Audiência Pública na Câmara dos Deputados com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros. No evento, Paulinho conseguiu fazer chegar às mãos do ministro e de diversos parlamentares manifesto da Frente em Defesa dos Institutos e Hospitais Federais do Rio de Janeiro.
Antes da reunião com o Fonacate, Paulinho e uma delegação da Asfoc-SN participaram de manifestação dos servidores em frente ao prédio do Planejamento.
GREVE E ATOS – Como deliberado em Assembleia Geral, os trabalhadores da Fiocruz paralisaram ontem (30/08) as atividades por 24 horas. A Asfoc-SN realizou um Ato contra os retrocessos, o desmonte dos serviços públicos e as Reformas que retiram direitos dos trabalhadores, durante as comemorações pelos 50 anos no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (Ensp), no Rio de Janeiro. Na atividade de greve houve distribuição de carta explicando os motivos da paralisação, do Jornal do Sindicato (edição de agosto) e adesivos de greve.
Durante o protesto, a Emenda Constitucional (EC) 95, que estabelece o corte de investimentos nas áreas da Saúde e Educação, foi duramente criticada pelos trabalhadores. “A Fiocruz também está sendo ameaçada e sofrendo retaliações. Estão diminuindo o orçamento da Fundação e tentando estrangular a Fiocruz, pois nós somos um marco de resistência contra esse governo ilegítimo. Nenhum serviço a menos, nenhum hospital a menos, nenhuma equipe de saúde a menos, nenhuma escola a menos. Fora todos aqueles que tentam retirar direitos da população”, afirmou a presidente da Asfoc, Justa Helena Franco.
À tarde, o Sindicato participou ainda do Ato em Defesa do Arquivo Nacional, no Centro. Assim como na Fiocruz, os trabalhadores da instituição também deliberaram durante a manifestação a paralisação das atividades no dia 14 de setembro. No fim do dia, a Asfoc esteve presente no Ato Unificado da Saúde e Educação, na Candelária. No protesto, a diretora Mychele Alves criticou o desmonte do serviço público pelos governos municipal, estadual e federal.
“É preciso que a população apoie nossas lutas e causas, porque não estamos defendendo só o nosso trabalho. É a defesa de uma saúde pública de qualidade: são as clínicas da família, as UPAs, os hospitais federais. Não podemos permitir que o governo golpista acabe com o Sistema Único de Saúde”, ressaltou.
Além das ações realizadas no Rio e em Brasília, os trabalhadores se mobilizaram em várias cidades os do país. Em Belo Horizonte e Recife, por exemplo, houve atos nas ruas, enquanto em Manaus e Salvador a prioridade foi o recolhimento de assinaturas na ação contra a EC 95, que congela por 20 anos os investimentos em Saúde e Educação. Em Fortaleza, a mobilização dos trabalhadores ocorreu durante o evento de assinatura do termo de cooperação entre a Fiocruz, o Instituto Pasteur e o governo do Ceará, na futura sede da Fiocruz em Eusébio.
Clique aqui para ver algumas fotos das atividades do dia!
