Em 7 de abril comemora-se o Dia Mundial da Saúde. A data foi criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a qualidade de vida. Neste mesmo dia, convidamos todos para o evento “Saúde no Parque”, com aulas de yoga, alongamento, roda de conversa sobre “Racismo como determinante social em Saúde” e “Reforma da Previdência” como um atentado à Saúde. As atividades acontecerão no próximo domingo, a partir das 9h30, na Quinta da Boa Vista.
Como militantes da Saúde, nós, da Asfoc-SN e Fiocruz, defendemos o conceito adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Um conceito que diz que Saúde não é só a ausência de doença, mas também bem-estar físico, mental e social. Um conceito que compreende a Saúde como resultante da interação de diversos elementos: biológicos, culturais, ambientais, políticos, sociais e econômicos.
E mais um elemento importante de mencionar: Saúde é a ausência do medo. Do medo do desemprego, do presente e do futuro. Medo da violência. Medo da violência dos modos de organização da sociedade. Medo da violência do Estado em diversas formas de expressão.
Nesses tempos sombrios devemos nos lembrar do espírito da 8ª Conferência Nacional de Saúde e das conquistas da Constituição de 1988. Lembrar que ambas caminharam no sentido do reconhecimento da Saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado.
Estamos diante do desmonte do SUS e de toda a Seguridade Social, incluindo a Previdência. Nessas circunstâncias, devemos lutar para que a 16ª Conferência Nacional de Saúde defenda que a saúde e o bem-estar social como elementos centrais e prioritários de qualquer projeto de desenvolvimento econômico a ser adotado pelo país.
A Asfoc defende que a principal atribuição do Estado é a defesa da vida e de condições de vida dignas para todos e que o Estado cumpra com o seu dever. Nesse sentido, manifestamos nosso repúdio às políticas governamentais que são contrárias aos princípios de valorização e promoção da vida, como por exemplo os retrocessos no campo da saúde mental e as políticas de segurança que colocam as comunidades sob o fogo pesado do Estado sob a alegação de combate ao crime.