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Concurso de Poesias do Dia Internacional da Mulher

A seguir as quatro poesias inscritas. Vote na sua favorita através do e-mail asfocfiocruz@uol.com.br. O resultado sai no próximo happy-hour.


Manchete

Não quero nenhuma música noturna
Pois é dia e não vejo saída
Estou na minguante e hoje não vou sair
— Não lembro do olhar empoeirado na TV
Tampouco da voz explicando os fatos injustificáveis
Mas penso nas mulheres espancadas sobre o chão

Estou nua e do lado de dentro faz um frio!
Aproveito pra cuspir nos malfeitores
— Não tenho tempo pra conversas!
Aproveito pra cuspir nos seus machados
E espalhar água sanitária em suas cores

Não quero falar em outra língua
— Não tenho tempo pra conversas!
Esqueci dos bigodes na primeira página do jornal
Mas penso nas mulheres estiradas sob o chão

Lábios rachados e sem baton
Membros mutilados
Gestos depredados
Vontades anuladas
E vozes silenciadas

Ninguém lhes estancou o sangue
E agora somente a terra lhes recebe o corpo
E somente ela não lhes exige a posse

Janildes


A mulher

Mulher …
Ser esquisito,
Porém bonito.
Carinhoso, dengoso.
Alegre e doce…
Inteligente e forte,
Porém frágil, fraco.
O ser mais perfeito
Que Deus criou.
O ser mais compreensivo e incompreensível
Que nesse mundo Ele pôs.
O amor, seu sentimento, sua vida,
A força que lhe equilibra
Nos momentos mais difíceis.
Quando se sente só,
Sempre alguém aparece
E carinho lhe oferece.
Por tudo isso, um dia só pra elas merecem.
E esse dia é hoje.
Aproveitem e agradeçam, essa ajudinha
De Deus.
Aproveitem a sorte divina
De serem alegres,
A sorte divina
De serem MULHERES!

PARABÉNS MULHERES!!!!
Autor: Breno Guedes Adegas – 14 anos
Mãe: Márcia Guedes Adegas – DIRAC-DPO


Amigas

Quantas coisas guardamos?
na estante…livros
no armário… segredos
em cada objeto…
sensações, lembranças.

Quantas lembranças guardamos?
a casa cheia…a garrafa vazia
o sorriso grande, o coração pequeno
o ombro amigo, o choro sentido…
o sorriso escancarado, o sonho perdido.

Quantos sonhos guardamos?
a paixão do verão e o calor da esquina
a felicidade dos filhos,
a vontade de acertar…
a estrada difícil, a certeza de seguir.

Quantos caminhos guardamos?
nossa rua, nosso bairro,
minha casa, janelas,
minha cama…prazeres, dores,
essa cidade…nosso lugar.

Em que lugar guardamos as amigas?

Não guardamos na estante.
Não vivem nos armários.
Não trancamos em casa.
Não encontramos mais na esquina,
mas brincam com nossos filhos,
amam, choram e não desistem.

As amigas não guardamos,
só vivem enquanto sorrimos,
dançamos, escrevemos, brindamos.

Não temos mais a casa cheia,
mas mantemos as garrafas vazias e,
em cada copo…um brinde
a todos que povoam
nossas doces lembranças.

Ana Cristina da Matta Furniel
Coordenadora do CEDOC/ENSP/FIOCRUZ


M ãe, és a
U nica, a mais
L inda, que a toda
H ora, conseque, nos
E nviar, todo o seu amor
R osa, cor de flor

Aparecida Mose

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