Em reunião realizada na quarta-feira (9/2), a Mesa de Negociação Permanente da Fiocruz (MNP) deliberou sobre diversos temas trazidos pela Asfoc. Como primeiro encaminhamento de 2022, ficou acertado que haverá uma reunião com a direção da Caixa de Assistência Fiosaúde para tratar especificamente de questões de governança do plano de saúde dos servidores da Fiocruz. A previsão é que o encontro aconteça nos próximos dias.
No prosseguimento da reunião da MNP, a Asfoc cobrou o andamento dos compromissos firmados com a Presidência para verificação das demandas relativas ao uso e manutenção das instalações do sindicato no campus de Manguinhos e a situação do espaço a ser criado no campus Fiocruz Maré (antiga Expansão da Fiocruz). Foi acordado que todas as pendências sobre o tema serão tratadas de forma conjunta, a partir de documento a ser encaminhado pela Asfoc com a situação de cada ponto estabelecido.
Transforma Gov
A Cogepe apresentou um panorama da atual situação do Programa de Gestão da Fiocruz, que engloba questões relativas ao teletrabalho (Instrução Normativa 65/2020), retorno à modalidade presencial e adoção do ponto eletrônico nas unidades. O estudo de viabilidade para implementação do Programa foi finalizado e a expectativa é que o documento seja apresentado ao CD Fiocruz no mês de março. Em relação ao ponto eletrônico, a Fiocruz estuda adotar o equipamento já utilizado em Bio-Manguinhos, possibilidade prevista no Transforma Gov.
Outras pautas
A MNP ainda tratou da mudança na gestão das aposentadorias dos servidores públicos, que passará a ser responsabilidade do INSS. A previsão é que até junho a Fiocruz finalize a migração do sistema. Uma reunião específica sobre o tema será agendada para data ainda a ser definida.
A Asfoc detalhou as ações corporativas que vem realizando para o enfrentamento da Reforma Administrativa e a pauta de reivindicações salariais dos servidores. De acordo com o sindicato, a mobilização será intensificada com atos, assembleias, debates, seminários, feiras expositoras, paralisações e a construção da greve unificada no serviço público.
Análise de conjuntura
A reunião da MNP teve início com uma fala do vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Mario Moreira, em que fez uma análise de conjuntura para 2022. Segundo Mário, apesar da expectativa de se ter um ano complexo devido, especialmente, à agenda eleitoral, a Fiocruz conseguiu garantir uma negociação considerada positiva para o orçamento da instituição. Mário lembrou que neste ano a Fundação não contará mais com a verba extraordinária da Covid, fora do teto de gastos, mas que houve a manutenção de uma base orçamentária razoável para realização dos projetos da agenda Fiocruz. O vice-presidente ressaltou que a agenda de gestão de pessoas na instituição é prioritária, com atenção a pautas relevantes para os servidores, como por exemplo a realização de novo concurso público, e para os trabalhadores terceirizados, com o aprofundamento do debate em busca de soluções para mitigar perdas de benefícios ocasionadas pela Instrução Normativa 05.
Participaram da reunião da MNP: Mario Moreira (vice-presidente da Fiocruz), Juliano Lima (chefe de gabinete Fiocruz), Andrea da Luz (coordenadora da Cogepe), Lucina Matos (chefe de gabinete da Cogepe); pela Asfoc-SN: Mychelle Alves (presidente), Paulo Garrido (vice-presidente) e os diretores Carlos Fidelis Pontes, Marcos Besserman, Patrícia Condé e Sônia Pinho.
