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Campanha Salarial Trabalhadores apostam na negociação, mas já se preparam para eventual greve

No momento em que as negociações da campanha salarial avançam para a cristalização da proposta do Ministério do Planejamento, a união das teses e o compromisso de apoio da Presidência da Fiocruz e do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, nos últimos dias, criam uma expectativa esperançosa e favorável para a próxima Mesa de Negociação, terça-feira (29/04). No entanto, escaldados por negociações que se arrastam há mais de um ano, os trabalhadores deliberaram, em Assembléia Geral nesta quinta-feira (24/04), por um indicativo de greve a partir do dia 7 de maio, caso o governo insista em desconsiderar os parâmetros apresentados para a correção salarial e desvalorizar os servidores da Fiocruz.

Presente à Assembléia, o presidente da Fundação, Paulo Buss, prometeu reunir-se com o ministro da Saúde antes do encontro com o Planejamento. Na pauta, os pontos considerados essenciais pelo movimento, mas que ainda criam impasse na negociação. “Já falei com o Temporão, que conversou com o Paulo Bernardo (do Planejamento), mas aparentemente a visão do MPOG ainda não mudou muito. Então, vamos formalizar o apoio a todos os pontos que estão sob a mesa agora, e que emperram a conclusão (das negociações) e anunciar publicamente isso”, afirmou.

Paulo Buss se comprometeu a defender a manutenção da gratificação de desempenho e o adicional de titulação em valores percentuais sobre o vencimento básico; o reajuste centrado no vencimento básico, de forma linear; a antecipação da vigência dos índices propostos e a GDACTSP integral para os aposentados. “Peço que mantenham a confiança, que estou muito esperançoso num final que reconheça a qualidade dos trabalhadores da Fiocruz”, frisou.

O presidente da Asfoc-SN, Rogério Lannes, relatou o impasse na última reunião com o Planejamento, quarta-feira (23/04). ”Os pontos estão sob a mesa há muito tempo. Há um ano estamos repetindo os mesmos argumentos. Espero que, dessa vez, o Planejamento realmente produza uma nova tabela compatível com a expectativa dos trabalhadores. Nós vamos cobrar o compromisso da Presidência da Fiocruz e do próprio ministro Temporão”, disse.

No dia seguinte à reunião com o Planejamento, uma Assembléia Geral, marcada para quarta-feira (30/04), deliberará sobre o indicativo de greve, com redução drástica de todas as atividades, e novas ações do movimento.

Grupão – Para tirar dúvidas e debater estratégias em relação a questões da GDACTSP e estágio probatório dos novos servidores, a Asfoc está convocando um Grupão (reunião ampliada de diretoria) para a próxima segunda-feira (28/04), às 13 horas, no auditório da sede do Sindicato.

A reunião que discutiu as ações judiciais que estão sob os cuidados do advogado Arão da Providência (28%, 3,17% e GDACT dos aposentados), no dia 10/04, será divulgada em detalhes no próximo Jornal da Asfoc, que circulará em maio.

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