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Campanha Salarial: Debate inédito aproxima servidores e Planejamento de acordo final

O representante do Ministério do Planejamento, Idel Profeta, que tem conduzido as negociações com a Fiocruz, ouviu dos próprios trabalhadores, durante cerca de duas horas, os argumentos para não incluir no acordo da correção da tabela salarial, de forma precoce, qualquer alteração na atual estrutura do Plano de Carreiras da Fundação.

Ao final do amplo debate convocado pela Asfoc-SN e Presidência da Fiocruz, na Tenda do Ciência em Cena, nesta quinta-feira (15/05), o negociador do Planejamento prometeu levar as reivindicações dos trabalhadores ao secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva Ferreira. “Temos hoje dois pontos de litígio (vigência dos reajustes e alteração no sistema de gratificações) para a conclusão do acordo. Aqui, neste amplo debate, numa inovação histórica nas negociações, pude acumular as diversas opiniões e as repassarei ao secretário. Tentaremos um denominador comum”.

A platéia, que lotou o auditório (clique aqui para ver as fotos), participou ativamente das discussões. O presidente da Asfoc-SN, Rogério Lannes, afirmou que falta muito pouco para o fechamento de um acordo consensual. “Ninguém vai derrotar ninguém. Parte do governo, inclusive, defende os mesmos pontos reivindicados pelo movimento dos trabalhadores”, frisou. O dirigente do Sindicato lembrou os apoios públicos do presidente da Fiocruz, Paulo Buss, do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e do próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Nossa campanha conquistou também a adesão de todo o Parlamento, de deputados e senadores da base governista e da oposição”.

O vice-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, que compôs a mesa do debate, também defendeu o Plano de Carreiras da Fundação. “A posição da Presidência da Fiocruz é consoante à da Asfoc e do próprio ministro Temporão. Nosso Plano é equilibrado, foi muito bem construído e não tem porque ser mexido agora”.

Idel confirmou a intenção do governo em incluir o acordo com a Fiocruz numa próxima Medida Provisória. “Hoje temos oito negociações em curso, todas com vigência para julho de 2008, julho de 2009 e até julho de 2010. Com a Fiocruz já foram 11 reuniões oficiais. É nesse processo, por tantas vezes lento, que conseguimos romper impasses. Neste momento estamos numa bola dividida. Mas tenho certeza de que, juntos, iremos construir uma saída”.

As partes acertaram uma próxima e possivelmente última reunião da Mesa de Negociação, em data ainda a ser definida.

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