A diretoria da Asfoc-SN volta a se reunir com a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento nesta quarta-feira (22/10), em Brasília. Na mesa, todos os pontos da pauta de reivindicações dos trabalhadores da Fiocruz: a resolução da crise do Fio-Saúde, as emendas à MP 441, o pagamento dos retroativos, o recadastramento das mensalidades dos servidores e o direito de opção ao nosso Plano de Carreiras pelos trabalhadores do Centro Hélio Fraga a serem integrados à Fiocruz.
O encontro é resultado das últimas articulações do Sindicato e Presidência da Fiocruz. Na quarta-feira (15/10), o deputado Federal Jorge Bittar (PT/RJ) se comprometeu, após conversar com a direção da Asfoc, a marcar a reunião com o Planejamento.
Na segunda-feira (20/10), o Sindicato, juntamente com o CD Fiocruz, voltou a interpelar o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em visita à Fiocruz, sobre as questões pendentes dos servidores da Fundação. “Entre outras coisas, pedimos que buscasse uma solução urgente para o Fio-Saúde”, afirmou o presidente da Asfoc, Rogério Lannes, durante a Assembléia Geral desta terça-feira (21/10).
A preocupação se tornou ainda maior após a confirmação de que os recursos previstos no acordo salarial para socorrer o Fio-Saúde (R$ 14 milhões) não constavam do Projeto de Lei encaminhado na semana passada, conforme previsto anteriormente. “O João Bernardo (secretário-executivo do Planejamento) se mostrou surpreso com a informação de que esses valores realmente não estavam no PL e determinou à sua equipe que resolvesse o problema. A operacionalidade e o tempo para alocação desses recursos serão melhor discutidos na reunião de quarta com o Duvanier (secretário de Recursos Humanos do MPOG)”, confirmou o vice-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.
O vice-presidente do Sindicato, Paulo César de Castro Ribeiro, ressaltou a importância do encontro e lembrou que a Secretaria de Recursos Humanos do Planejamento não está receptiva à reabertura das negociações. “Com certeza essa reunião já é um avanço, visto que o interlocutor do governo tem se mostrado irredutível em conversar com as categorias”.
Em conformidade com a cobrança da Assembléia do início do mês (02/10), o Conselho Deliberativo e a Superintendência do Fioprev divulgaram um calendário de debates sobre a crise do Fio-Saúde e o futuro do Fundo Previdenciário. Os primeiros encontros com a comunidade acontecerão no dia 30 de outubro, no auditório do Politécnico, e no dia 4 de novembro, no IFF. Outros dois debates abordarão o tema Fioprev nos dias 13 de novembro (Campus) e 18 ou 19 de novembro (IFF).
Trabalhadores aprovam paticipação em movimento nacional dos servidores
Os servidores aprovaram na Assembléia Geral a adesão ao movimento da Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais (CNESF), que prevê paralisações em todo o Brasil no próximo dia 5 de novembro.
Sob o mote de que “Servidores não podem pagar pela crise”, os sindicatos se mobilizarão pela seguinte pauta de reivindicações:
– pelo cumprimento dos acordos.
– pelo pagamento dos passivos.
– pela revisão das estruturas de carreiras e correção das distorções, com garantia de recursos.
– em defesa das organizações sindicais.
– não à redução de direitos.
A continuidade no movimento geral dos servidores faz parte da estratégia aprovada nas Assembléias anteriores (14/10). Na semana passada, a Asfoc-SN participou de Ato conjunto da CNESF em Brasília (16/10), em frente ao Ministério do Planejamento, e de reunião com o subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Marcos de Castro Lima. “Ele ficou de encaminhar todas as cobranças dos servidores para uma reunião conjunta com o Planejamento, Casa Civil, Relações Institucionais, Fazenda e Presidência da República. Também já enviamos a ele um documento com nossas questões específicas”, disse o vice-presidente da Asfoc.
Ele relatou ainda todas as gestões do Sindicato junto ao Parlamento em Brasília. Contou que houve um acordo entre líderes do governo e da oposição para que as Medidas Provisórias 440 e 441 fossem aprovadas na Câmara sem a apreciação das mais de mil emendas sugeridas pelas entidades dos servidores federais. “Nossa luta agora é no Senado, para onde foram encaminhadas as emendas”.
Os servidores aproveitaram para fazer um balanço sobre a paralisação nacional da quinta-feira passada (16/10), que também teve excelente adesão em todas as regionais e boa repercussão na mídia – foi noticiada pelos sites do jornal O Dia e Globo, nas rádios Tupi e Radiobrás e ganhou espaço no jornal Extra do dia seguinte. Veja as fotos da greve e da Assembléia desta terça-feira no site www.asfoc.fiocruz.br.