A Asfoc-SN saúda o conjunto das trabalhadoras, dos trabalhadores e estudantes da Fiocruz, e parabeniza, em especial, os do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) pelo competente e árduo trabalho desenvolvido, principalmente, no desafio mais recente, o de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). Nesta segunda-feira (21/02), Bio-Manguinhos fez, mais uma vez, história ao liberar o lote da primeira vacina Covid-19 produzida com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional, 100% brasileira – um marco da autossuficiência do País e do fortalecimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde.
Durante a pandemia, mais de 644 mil brasileiros perderam a vida. Fruto do negacionismo e da irresponsabilidade do governo brasileiro. Ao longo de quase dois anos desta crise sanitária sem precedentes, vimos o chefe do Executivo desacreditando as orientações da comunidade cientifica. Jair Bolsonaro defendeu de forma ferrenha a imunização de rebanho, fez propaganda de tratamento precoce sem eficácia e campanhas constantes contra a vacinação.
Mais recentemente, o Ministério da Saúde submeteu a imunização à consulta pública com o objetivo de impedir ou atrasar o acesso de crianças às vacinas. Um enorme descaso com a vacinação aliado à falta de ações necessárias ao enfrentamento da Covid-19 pelo governo brasileiro. Um projeto de governo que vai no sentido oposto ao da Asfoc e da Fiocruz: a defesa da vida e da saúde da população brasileira.
A todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores de Bio-Manguinhos/Fiocruz, os nossos agradecimentos por fazerem a diferença na vida das pessoas oferecendo saúde pública de qualidade – mesmo trabalhando sem reajuste salarial (há 5 anos), sem concurso público (desde 2016), com cortes de orçamento impostos pelo atual governo e limitação de investimentos na área de Saúde em função da Emenda Constitucional 95.