A direção da Asfoc-SN visitou hoje (15/08) os militantes que se encontram há 16 dias em greve de fome, em Brasília. Uma greve contra a fome, a miséria e a violência que se espalha pelo país. Um ato consciente e extremo que denuncia a injustiça contra o ex-presidente Lula, alvo de um processo amplamente condenado por grande parte da comunidade de juristas do país e do mundo, tanto pelos vícios que contém quanto pela ausência de provas para sustentar a condenação.
A greve denuncia também o sequestro do Estado pelo capital financeiro e grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros. Sequestro que se traduz na drenagem dos recursos públicos, dos trabalhadores e do setor produtivo em favor do rentismo e dos interesses geopolíticos contrários à nossa soberania. Sequestro que se revela nos índices de morbidade e mortalidade infantil, no crescimento do desemprego e da população de rua, na fragilização de Estado e da destruição do serviço público, alicerce de uma cidadania efetiva. Sequestro que retira recursos da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia para pagar juros de uma dívida pública que precisa ser urgentemente auditada.
A greve de fome se junta aos milhões de brasileiros que percebem a prisão do ex-presidente como um ato de perseguição política destinado a afastá-lo das eleições presidenciais deste ano. Um movimento que conta com o apoio de intelectuais, artistas, políticos e chefes de governo em todo o mundo inscritos nas vertentes democrática e progressista.
Estamos diante de um movimento suprapartidário que defende um julgamento justo para Lula e o direito constitucional do ex-presidente apresentar-se como candidato. Um movimento suprapartidário que lembra que mesmo no STF há sérias dúvidas quanto à constitucionalidade da prisão do líder disparado nas pesquisas de intenção de voto. Um movimento que aponta os constantes casuísmos e as constantes manobras ao arrepio da lei para retirá-lo da disputa eleitoral.
Vida longa aos que lutam por uma causa justa!
