A vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, participou da Roda de Conversa em comemoração ao Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, hoje (11/02), no Museu da Vida. Promovido pela Fiocruz, o evento foi marcado pelo compromisso da Instituição em incentivar a equidade de gênero na Ciência e pelos depoimentos das mulheres cientistas sobre suas trajetórias e visões na área.
Servidora da Fiocruz desde 2008 (técnica em Saúde Pública), Mychelle revelou alguns dos obstáculos em que teve de superar como mulher negra e de origem familiar humilde, até chegar à condição de doutora em Ciências. O racismo foi um deles.
Em um processo seletivo de estágio para uma empresa multinacional, Mychelle ficou em terceiro lugar na fase inicial, mas foi deixada de fora da segunda etapa – ela descobriu que a amiga, quarta colocada na primeira fase e da cor branca, havia sido chamada para a entrevista.
“Nós podemos ser o que nós quisermos, independente de qualquer coisa. As meninas de hoje serão as líderes de amanhã”. E emendou com um provérbio africano Ubuntu: “Eu só existo porque existimos”, finalizou, sob aplausos.
Também participaram da Roda de Conversa: Helena d’Anunciação de Oliveira (Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz), Márcia Chame (Programa Institucional Biodiversidade e Saúde), Maria do Carmo Leal (Ensp), Maria Elisabeth Lopes Moreira (IFF), Patrícia Brasil (INI) e Yara Traub-Cseko (IOC).