A Asfoc-SN participou hoje (13/05) do lançamento do manifesto Leito para Todos. Na mesma ocasião, o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, participou de Ato virtual transmitido pelo canal do YouTube da TV Rede Unida.
Assista ao vídeo ou leia o manifesto da Executiva Nacional da Asfoc:
“Nós, trabalhadores e trabalhadoras da Fiocruz, somos contra a naturalização e banalização da morte.
As mortes não são uma consequência natural da pandemia. As mortes são evitáveis. As mortes não estão descoladas das condições sociais.
As mortes não são o resultado direto e exclusivo da obesidade, da pressão alta, da diabetes ou da idade, como querem nos fazer crer.
As mortes não são o resultado direto da pandemia. As mortes são resultado da desigualdade.
As mortes são o resultado da ausência de investimentos em saúde, em bem-estar social, em ciência e tecnologia.
As mortes são o resultado da falta de investimentos em uma indústria nacional capaz de produzir ventiladores, EPIs e outros insumos para a saúde.
As mortes são resultado da incúria, da insensibilidade de governantes.
São resultado de uma economia para poucos. As mortes são resultado de ausência do estado, da precarização do serviço público.
As mortes são o resultado da destruição da atenção básica que transforma o hospital na primeira e única porta de entrada para o SUS.
As mortes são resultado do colapso da estrutura de atenção à saúde.
As mortes são resultado das carreatas da morte e dos péssimos exemplos do presidente.
As mortes são resultado de ranques que escolhem quem vai ter a chance de lutar pela vida.
As mortes são resultado da desigualdade. Desigualdade que se mostra em toda a sua crueldade na separação de leitos. Uma segregação desumana, injusta e covarde. Leito para todos. Dignidade para todos. Toda a vida importa.
É preciso cuidar e cuidar de quem cuida. Somos a Asfoc. Somos Fiocruz. Somos SUS!”.
