Trabalhadores de todo o país foram às ruas em 1º de Maio para protestar contra a proposta da Reforma da Previdência. Durante o Ato Unificado, as Centrais Sindicais confirmaram o indicativo de greve geral para o dia 14 de junho, contra os retrocessos do governo Bolsonaro.
No Dia do Trabalhador, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, criticou a política dos ministérios da Educação e Saúde.
“Repudiamos o Ministério da Educação, que faz corte de R$ 38 milhões, corta bolsa, projetos, desqualifica as universidades dizendo que é local de balbúrdia. Também lutamos contra o sucateamento dos serviços públicos, contra o desmonte do SUS e os retrocessos na política de saúde mental e indigenista. Vamos nos posicionar sempre, com firmeza, contra a Reforma da Previdência e em favor dos direitos dos trabalhadores, da Ciência e Tecnologia e da soberania nacional, para atender as demandas da população”, afirmou.
Vice-presidente do Sindicato, Mychelle Alves ressaltou que os protestos denunciam todas as formas de ataque à classe trabalhadora. Segundo ela, as manifestações também são bons momentos para relembrar das personalidades de referência e o seu legado.
“É importante lembrar de Marielle Franco e dizer que ela vive, que é semente, que estamos lutando em prol do que ela foi. Também lembramos de Beth Carvalho, tudo o que ela representou para o Brasil e para o samba. Ela lutou pela nossa cultura, pela cultura negra”, disse, ao lado dos diretores Alcimar Pereira Batista (Administração e Finanças), Carlos Fidelis Ponte e Sônia Pinho.
No ato do Rio de Janeiro, dirigentes da Asfoc-SN deram entrevista para a rede de televisão Telesur e CUT.
Assembleias fortalecem unidade e apoiam calendário unificados das Centrais: Rumo à Greve Geral – Nesta quinta-feira (02/05), foi realizado o debate “Mitos, mentiras e armadilhas da Reforma da Previdência” com os trabalhadores da Fiocruz Ceará. O presidente Paulo Garrido e a diretora Luciana Lindenmeyer expuseram os pontos principais contidos na PEC 6/2019.
Os trabalhadores tiveram participação ativa no debate. Ângela Ostritz levantou a preocupação de levar esse debate para as comunidades e a população em geral de Eusébio. De acordo com ela, parte da cidade cearense defende a ideia de reforma, e ignora os impactos sobre sua vida e de seus filhos.
Fernando Carneiro defendeu a importância de seguir ampliando as ações para além da reforma. Lembrou que ocorrem ataques na Educação e na Ciência e Tecnologia que impactam diretamente na atividade dos docentes e pesquisadores.
Os trabalhadores agradeceram a oportunidade de debater o assunto e concordaram com a ampliação da mobilização para outros ataques aos trabalhadores em curso. Técnicos e pesquisadores recém-chamados para compor o quadro da Fiocruz/Ceará – após convocação dos aprovados no último concurso – também ressaltaram a importância do ato de filiação para dar continuidade à luta e ao fortalecimento ao Sindicato.
Paulinho lembrou ainda que tem uma ação de entidades, em andamento, para um convênio com o Ministério Público Federal a fim de ampliar as denúncias relacionadas aos ataques à Educação.
Durante o encontro, foi ressaltada a importância de adesão ao movimento unificado, como o que ocorreu ontem (01/05) em Fortaleza e em todo o país.
Confira abaixo o calendário de Assembleias nas Unidades!
Dia dos Trabalhadores no Cesteh – A Asfoc apoiou e participou da comemoração do Dia do Trabalhador, no Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), nesta quinta-feira (02/05).
A vice-presidente do Sindicato, Mychelle Alves, esteve presente no evento “A Reforma da Previdência nas perspectivas da defensoria pública da União”, e comentou sobre a proposta do governo e da luta da Asfoc.
“O Sindicato está na centralidade da luta contra a Reforma da Previdência. Estamos percorrendo todas as unidades da Fiocruz. Em breve, estaremos aqui na Ensp com um olhar do Sindicato sobre essa cruel proposta da Reforma da Previdência. Se essa proposta for aprovada, creio que será o fim da nossa aposentadoria”, afirmou.
E completou: “Aqui temos a força de trabalho da Fiocruz, juntamente com os estudantes. É o fim das aposentadorias e do futuro dos nossos filhos. Precisamos estar unidos! Temos que denunciar também os ataques às universidades e aos institutos de pesquisa, que acontecem desde o governo Temer. A universidade é um lugar democrático, do livre pensamento. Sabemos que nossos pesquisadores já estão sendo perseguidos”.
Atos no Cesteh e IBGE – A Asfoc participou hoje (02/05) do ato em solidariedade aos companheiros do Assibge, em defesa do censo do IBGE. Ainda no mesmo dia, o diretor Alcimar Pereira Batista (Administração e Finanças) também esteve presente no ato público em memória das vítimas de trabalho do crime cometido pela Vale, em Brumadinho (MG), e dos agentes de combate a endemias.
Calendário de Mobilização da Asfoc
06/05 – Cogic/ICTB, às 10h, no auditório da Cogic
09/05 – Ensp/Politécnico/Cogiplan, às 13h, no Salão Internacional
10/05 – INCQS, às 10h, no auditório no INCQS
13/05 – Biomanguinhos/INI, às 9h, no auditório Rocha Lima
14/05 – Mata Atlântica, às 14h, na sala Cedro Branco
15/05 – Hélio Fraga, às 14h, no auditório 1
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