A Asfoc esteve, na manhã desta sexta-feira (17), na cerimônia de reabertura de 100 leitos do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. São 88 leitos de enfermaria e 12 de UTI/CTI no local. A iniciativa faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, que visa fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que revelou que, o objetivo agora é reabrir a emergência ainda neste mês, além de reforçar a entrega de hoje com mais 118 leitos.
Paulo Garrido, presidente da Asfoc, esteve no local e falou sobre a importância da reabertura dos leitos para a população fluminense. Também presente, Carlos Fidelis, diretor da Asfoc e presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), lembrou que boa parte do público do Hospital é de moradores da Baixada e de comunidades do entorno da Avenida Brasil e amargou décadas de descuido sob a gestão de governos locais.
Garrido também frisou que o debate de modelos de gestão e a construção de um programa destinado a combater a privatização e a precarização do trabalho no SUS devem andar lado a lado com as demandas da população. “Seja como Conselheiro Nacional de Saúde e Membro da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, seja pela ASFOC-SN, estou consciente das discussões sobre gestão e a política de pessoal, e não apenas aqui no Hospital Federal de Bonsucesso. Mas equacionar a complexidade dessa discussão em face das demandas presentes exige sensibilidade e coerência”.
Para ele, a chave é a valorização do trabalho de servidoras e servidores públicos. Salários, carreiras e concursos devem manter os quadros do SUS realmente coerentes com a proposta de uma saúde universal, acessível e de qualidade. “Há parcelas vulnerabilizadas da sociedade cujas vidas dependem integralmente do SUS funcionando”, lembrou.