A Asfoc-SN esteve presente, nesta quinta-feira (01), na quadra da escola de samba Unidos de Manguinhos, para o evento em comemoração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, organizado pelo Movimento das Comunidades Populares (MCP), em parceria com a Unidos de Manguinhos, Asfoc, ENSP, UERJ e o SINTTEL-RJ.
Em falas no no Primeiro de Maio Comunitário em Manguinhos, o presidente Paulinho e a diretora Luciana Lindenmeyer destacaram a luta na defesa do conjunto da classe trabalhadora como um todo, reforçando a precarização das condições de vida e de trabalho e o seu impacto negativo na classe como problemas a serem enfrentados.
Garrido ressaltou a luta dos trabalhadores informais, as cobranças pelo fim da escala 6×1 e as exaustivas jornadas de trabalho, pautas em comum da Asfoc-SN.
“É necessário escutar os trabalhadores. E escutar é acolher e construir na luta. Tenho pessoas próximas, amigos, vizinhos, que trabalham por conta própria, 24 horas de trabalho, sem ter nenhum direito preservado. Tem patrão que lucra muito com a exploração do trabalhador. Não podemos admitir isso, a jornada 6×1 é desumana. E não é nem 6×1, é 7×0, é 24 horas por dia, quem trabalha em shopping também é muito explorado”, afirmou.
Ele lembrou a importância de tratar e propor agendar nas comunidades, Paulinho vê com bons olhos uma outra visão, uma perspectiva de quem está dentro desses territórios. Ele convidou todas e todos a participarem dos eventos em que a Asfoc-SN organizará e participará, como a Festa da Trabalhadora e do Trabalhador (09 de maio) e em uma roda de conversa sobre o 13 de maio, Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo no Brasil, com um outro olhar sobre a abolição de 1888.
Luciana abordou a escravidão como tema ainda presente nas relações de trabalho atuais, além de reforçar a unidade dos movimentos populares e sindicais na luta pelos direitos e contra a tentativa de avanço da extrema-direita em um ano que será marcado pelas eleições presidenciais.
Para ela, o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora é fundamental para o debate das reivindicações da categoria:
“O primeiro de maio é um dia de reflexão, mas o mês de maio é o mês também da gente refletir (…). Que a gente siga numa reflexão dessa coletividade, em que essa coletividade possa avançar para que a gente consiga um plebiscito popular”.
Ela finalizou:
“A gente precisa que apoiem a nossa voz e a voz das comunidades, que estejam chegando em todos os lugares e alterando a nossa legislação para enfrentar a jornada 6×1, a jornada de 40 horas e a tributação de grandes fortunas, porque a gente sabe quem é que está se beneficiando com a exploração de trabalhadores”.
Durante o evento, foi definida a construção de um plebiscito popular sobre temas que estão em discussão no Congresso Nacional, como o fim da jornada 6×1, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a isenção do pagamento de Imposto de Renda para quem recebe até 5 mil reais. O plebiscito acontecerá em setembro de 2025.