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Asfoc participa de evento de detalhamento de acordo para produção de vacina 100% nacional contra Covid

A Asfoc-SN participou hoje (02/06) de evento de detalhamento de acordo assinado para a produção da vacina (AstraZeneca/Fiocruz) 100% nacional contra a Covid-19, hoje (02/06), em Manguinhos. Com o trato, o Brasil entra para a lista de cinco países do mundo produtores desta vacina – a Fundação também recebeu nesta quarta-feira um banco de células e vírus para iniciar a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional.   

Em entrevista, o vice-presidente do Sindicato, Paulo Garrido, valorizou os trabalhadores da Casa, a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e afirmou que a Fiocruz é uma Instituição de Estado, e não de governo.

“Governos são, em geral, imediatistas e pouco propensos a projetos de longa duração. É também o momento de reafirmar a ligação entre ciência, tecnologia e indústria a serviço do bem comum. É hora de afirmar que a produção é, sim, uma questão estratégica de Estado. É hora de reafirmar o imprescindível papel do Estado e dos servidores públicos nas crises e fora delas. Nesse contexto, reafirmar e fortalecer o Sistema Único de Saúde”, frisou.

Leia a íntegra da nota com posicionamento da Asfoc sobre a transferência da tecnologia para uma vacina 100% nacional:

“Trata-se, sem dúvidas, de um momento importante. Um momento de reafirmação. Reafirmação do projeto originário de Manguinhos de constituição de uma plataforma autônoma de ciência e tecnologia para o país. De reafirmação da estratégia institucional de utilização do poder de compra do Estado para obtenção de contratos de transferência de tecnologias.

Uma estratégia definida na década de 1970, quando da criação de Bio-Manguinhos e Farmanguinhos, unidades de produção da Fiocruz. Unidades que zelam pelo desenvolvimento científico e tecnológico de imunizantes, biofármacos, testes de diagnósticos, medicamentos e insumos para a saúde pública.

Estamos diante de um momento que reafirma a importância de nos colocarmos sempre como uma instituição do Estado, e não de governo. Governos são, em geral, imediatistas e pouco propensos a projetos de longa duração. É também o momento de reafirmar a ligação entre ciência, tecnologia e indústria a serviço do bem comum. É hora de afirmar que a produção é, sim, uma questão estratégica de Estado. É hora de reafirmar o imprescindível papel do Estado e dos servidores públicos nas crises e fora delas. Nesse contexto, reafirmar e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).

O que se comemora hoje não é fruto do agora. É resultado de uma tradição que inova, projeta e constrói o futuro. Devemos as nossas conquistas aos processos de livre debate que construímos ao longo das últimas décadas.

É hora também de reafirmar que a ciência precisa respirar os ares da democracia. Que a ciência precisa ouvir, dar voz e ser ouvida. Que a ciência tem que ter por premissa o respeito à vida e ao ambiente. É hora de reafirmar que o objetivo da ciência deve ser a conquista de uma vida digna para todos. Uma vida próspera baseada na solidariedade. Uma vida capaz de realizar toda a sua potencialidade”.

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