Em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado, na segunda-feira (26/08), a direção da Asfoc-SN, compondo a Mesa, fez duras críticas à política atual de desmonte do Estado. O Sindicato foi convidado a participar do debate “O Estado necessário para o desenvolvimento brasileiro no século 21”, requerido pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT/RS).
O presidente da Asfoc, Paulo Garrido, ressaltou a luta pelo fortalecimento e valorização dos serviços e servidores públicos. “Defendemos a construção de um Estado Moderno, capaz de cumprir eficaz e eficientemente com seus objetivos. Hoje, vivenciamos a interdição do diálogo social, forte oposição à democratização das relações de trabalho e ausência/negação da negociação coletiva. Só vemos retrocesso, autoritarismo e destruição do serviço público”, disse.
Paulinho lembrou que nos próximos dias 4 e 5 de setembro será lançada uma Frente Nacional em defesa da Soberania Nacional, com a participação de parlamentares, movimentos sociais e entidades sindicais. “Na semana passada, comemoramos os 25 anos da Fiocruz do Amazonas. Reforçamos aqui que os trabalhadores da Fiocruz lutam por um novo modelo de desenvolvimento sustentável que preserve o meio ambiente, priorize o desenvolvimento social e garanta melhores condições de vida e trabalho para a população”.
O diretor da Asfoc Carlos Fidelis Ponte também citou ataques contra a administração pública por sua suposta lentidão, mas ressaltou que é uma falácia que o Estado seja intrinsecamente ineficiente. Para ele, além disso, a noção de Estado mínimo não se traduz necessariamente em eficiência ou em bem-estar social.
“Não é assim nas grandes potências, muito menos no mundo periférico. O que define para nós [Asfoc] o papel, o tamanho do Estado, deve ser a sua função. O Estado deve ser do tamanho do passivo social e histórico que ele tenha que enfrentar, do tamanho do projeto do país a que ele está ligado. É preciso contrapor ao mercado selvagem, um Estado forte e eficiente”.
Fidelis citou como exemplos os governos dos Estados Unidos e da China, que, segundo ele, usa os instrumentos estatais para defender suas economias, empresas e pontos de vista.
Fonte: Agência Senado