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Asfoc participa de Ato e Mesa Redonda em atividade de mobilização na Semana Nacional de C&T

Um ato em defesa da saúde reuniu ontem (19/10) trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz durante as atividades de mobilização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC) na Fiocruz.

Em frente à entrada de pedestres da Avenida Brasil, os manifestantes empunhavam faixas, cartazes e distribuíam adesivos às pessoas que passavam pelo local.

Os trabalhadores também ocuparam a passarela, onde foi pendurada uma faixa com os dizeres: “Trabalhadoras e Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz – Somos Saúde, Ciência e Cidadania – Paz, Democracia e Vida Digna para Todas e Todos”.

Em 27 de outubro haverá um Dia de Luta em defesa do serviço público e da vida, como parte das comemorações do Dia do Servidor Público (28/10).

Mesa Redonda – Logo depois do protesto, a Asfoc-SN também participou do debate “Ciência e Tecnologia como motores do desenvolvimento e da soberania nacional”, no auditório do CDHS. Mediado por Luís Muniz, o diretor do Sindicato falou sobre a importância das três entidades convidadas para o debate (Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência/SBPC e da Associação Nacional de Pós-Graduandos/ANPG).

“São entidades que levam à frente um movimento de defesa e de resistência da ciência e tecnologia no Brasil. São três entidades que estão na linha de frente… não só hoje, como sempre foram historicamente. Por décadas fazem esse papel, de promover não só a defesa como o avanço da ciência e tecnologia”, afirmou.

A presidente da Asfoc, Mychelle Alves, relembrou que, para o desenvolvimento de diversos setores, entre eles o de C&T, é fundamental a revogação da Emenda Constitucional 95. “Porque precisamos fazer investimentos nas áreas de ciência e tecnologia, na saúde, na educação, no reajuste das bolsas”, enumerou.

O vice-presidente do Sindicato e conselheiro Nacional de Saúde, Paulo Garrido, disse que, “apesar de tanta destruição colocada na conjuntura atual (do país), temos a capacidade para avançar, evoluir e superar” este momento. “O desafio é grande, mas é possível. E vamos vencer”, afirmou Paulinho.

Para superar a atual conjuntura, a integrante do Conselho da SBPC Debora Foguel colocou como primeiro desafio o de “eleger Lula no dia 30 de outubro” – para que outras questões sejam possíveis, como priorizar o reajuste no valor das bolsas de mestrado e doutorado; pensar na expansão da pós-graduação articulada com um projeto nacional e regional; evitar a fuga e evasão de cérebros do país; melhorar a comunicação com a sociedade, aproveitando a onda pró-ciência; cuidar dos impactos da pandemia (na pesquisa, no ensino e na extensão), entre outros, listou Debora Foguel em um dos seus slides.

A vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Patrícia Bozza, apresentou três eixos urgentes defendidos pela entidade para a retomada do desenvolvimento na área de ciência, tecnologia e inovação: aumentar o percentual do PIB investido em CT&I para, pelo menos, 2% em quatro anos; capacitar pesquisadores para chegar a 2 mil por milhão de habitantes em 10 anos; e garantir a participação de conselheiros estratégicos de CT&I nos órgãos dos Três Poderes, especialmente no Executivo.

Ela finalizou sua apresentação com uma frase de Oswaldo Cruz. “O saber contra a ignorância, a saúde contra a doença, a vida contra a morte… Mil reflexos da batalha permanente em que todos estamos envolvidos”.     

Diretora da ANPG, Natália Trindade também listou uma série de propostas para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país: reajuste no valor das bolsas dos estados; assegurar um mecanismo anual de reajuste de bolsas; oferecer 150 mil novas bolsas de mestrado e doutorado; destinar 25% do Fundo Social do Pré-Sal para Ciência e Tecnologia; ampliar para 85% do FNDCT voltados a investimentos não reembolsáveis; contagem de tempo de mestrado e doutorado ser contabilizado para o cálculo de tempo previdenciário; fomentar um estudo robusto sobre a fuga e evasão de cérebros do país; adotar um programa emergencial de concessão de 70 mil bolsas de pós-doutorado, como forma de reter e fixar cérebros em todo o território nacional; e realizar políticas de repatriamento de jovens talentos que saíram em busca de oportunidades.

“Precisamos ter uma política robusta de repatriamento, para que saibam que o investimento feito nessas pessoas é também no futuro da nação. São preciosidades da nossa nação”, ressaltou Natalia Trindade.

Assista ao debate na íntegra em: https://www.facebook.com/asfocsn/videos/863840964778922

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