Apesar de não ter participado da organização da manifestação dos funcionários terceirizados da jardinagem e da limpeza da Fundação Oswaldo Cruz, a Asfoc-SN se solidariza com a luta dos trabalhadores para garantir seus direitos trabalhistas. Há algum tempo, o Sindicato chamava a atenção para o problema e ressaltava a necessidade de encontrar uma solução para a questão.
O Sindicato rechaça ainda a forma violenta com que a PM do Rio – com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta, balas de borracha, armas de choque – usou para dispersar os trabalhadores, que faziam uma justa e pacífica manifestação na Rua Leopoldo Bulhões. Além de agredir fisicamente alguns deles, como está registrado em fotos em alguns jornais na internet, os policiais chegaram a invadir o campus da Fiocruz, extrapolando ainda mais suas atribuições.
Desde cedo, a Asfoc acompanhou a manifestação com os diretores Alcimar Batista e Daniel Daipert e buscou contato com a Presidência para viabilizar a interlocução entre os manifestantes e a direção da Fiocruz. Após a dispersão da mobilização na portaria, os trabalhadores realizaram ato em frente ao Castelo, onde foi definida uma comissão formada por trabalhadores da limpeza e jardinagem, para reunião com a Presidência da Fundação. No encontro, que contou com a presença do Sindicato, o vice-presidente de Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Barbosa, que havia intercedido de forma ativa durante o conflito com os policiais, se comprometeu a tentar uma “solução compensatória para o 13º salário em até 48 horas”. Nova reunião entre trabalhadores terceirizados e representantes da Fiocruz será realizada na próxima sexta-feira (04/12), e a Asfoc estará presente.
Ao tomar ciência dos acontecimentos e da gravidade da situação dos trabalhadores, o presidente e o vice da Asfoc, Paulo César de Castro Ribeiro e Paulo Garrido, cancelaram as assembleias de hoje (02/12), em Salvador, onde já se encontravam, e de amanhã (03/12), em Recife, e retornaram imediatamente ao Rio de Janeiro.
A Asfoc reconhece a dificuldade legal para solucionar o problema, pois a legislação que rege os contratos dos terceirizados impõe limites que dificultam a gestão, mas defende que, enquanto não se resolva o problema em definitivo, a Presidência busque uma solução emergencial favorável aos trabalhadores terceirizados.